Em localidades de circulação comprovada do vírus da influenza A/H1N1, o Ministério da Saúde orienta que os pacientes com síndrome gripal sejam tratados com o antiviral oseltamivir nas primeiras 48 horas do início da doença, sem aguardar resultados de exames laboratoriais ou sinais de agravamento da doença. A orientação é para todas as pessoas, até mesmo aquelas que estão fora dos grupos de risco.
Para reforçar a recomendação, o Ministério da Saúde elaborou – em parceria com as secretarias de saúde dos estados onde há maior circulação do vírus A H1N1 – um cartaz que já está disponível no site da Secretaria de Vigilância em Saúde para livre reprodução pelas secretarias estaduais e municipais de saúde.
O cartaz tem como objetivo auxiliar os médicos no atendimento aos pacientes com sintomas de gripe, não apenas sobre os casos em que é indicado o uso do medicamento, bem como sua dosagem de acordo com a faixa etária do paciente.
A orientação, no entanto, só é válida aos estados onde há grande circulação do vírus da Influenza A/H1N1. Para os outros locais continuam valendo as recomendações do Protocolo de Tratamento da Influenza, do Ministério da Saúde. O protocolo recomenda que, para as pessoas dos grupos vulneráveis a complicações – como gestantes, crianças pequenas, idosos e portadores de doenças crônicas – o tratamento com o remédio seja iniciado o mais rápido possível, após os primeiros sintomas, sem aguardar resultados de laboratório ou sinais de agravamento.
Já os pacientes com síndrome gripal, que não pertencem aos grupos de risco, devem receber o medicamento imediatamente, caso apresentem sinais de agravamento, como falta de ar ou persistência da febre por mais de três dias.
O antiviral, que é capaz de reduzir as formas graves e óbitos pela doença, é oferecido na rede pública, de forma gratuita e com orientação médica, às pessoas com síndrome gripal. A prescrição médica pode ser emitida tanto por profissionais da rede pública como da rede privada. Para atingir sua eficácia máxima, o antiviral deve ser iniciado nas primeiras 48 horas após o início da doença. Entretanto, mesmo ultrapassado esse período, o Ministério da Saúde indica a prescrição do medicamento.
Estoque - Todos os estados e municípios estão abastecidos com o oseltamivir, conhecido comercialmente como tamiflu. O Ministério da Saúde mantém estoque estratégico do remédio. Só neste ano, foram repassados às secretarias estaduais de saúde 418,8 mil caixas do remédio. Antes desta distribuição, no entanto, os estados já estavam abastecidos com o medicamento. Cada caixa contém 10 comprimidos, suficientes para um tratamento completo.
O vírus da gripe A H1N1, que surgiu em 2009, no México, ainda circula no mundo inteiro, mas é pouco provável a ocorrência de epidemias, como a pandemia de 2009, quando o Brasil registrou 2.060 óbitos. Em agosto de 2010, com base nos dados epidemiológicos registrados, a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou a pandemia como encerrada. Entretanto, continuam ocorrendo casos, podendo haver surtos localizados.
Fonte: Amanda Costa/Agência Saúde
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