A estratégia Rede Cegonha, lançada em 2011 pelo Ministério da Saúde, garante às mulheres o acesso ao parto humanizado no Sistema Único de Saúde (SUS). Dentre as ações desenvolvidas para humanização do parto, está a capacitação e qualificação de doulas e parteiras tradicionais. As ações previstas na estratégia visam qualificar, até 2014, toda a rede de assistência, ampliando e melhorando as condições para que as brasileiras possam dar à luz e cuidar de seus bebês com atendimento adequado, seguro e humanizado no SUS.
Para garantir uma gravidez e parto saudáveis, a gestante deve ter acesso ao pré-natal de qualidade, fazendo todas as consultas e exames previstos. Isso permite que a mulher tenha identificado o seu risco gestacional e que ela seja devidamente orientada e encaminhada ao cuidado mais indicado para cada situação. Atualmente, no país, 98% dos partos são hospitalares. Por isso, diversas ações estão sendo desenvolvidas no ambiente hospitalar para que as mulheres possam ter um parto humanizado, que significa ter uma ambiência adequada, equipes qualificadas, tecnologia disponível, direito acompanhante e tratamento digno. “É importante destacar que o parto humanizado consiste na mudança de atenção dada ao parto, com a incorporação de boas práticas”, enfatiza o secretário de Atenção à Saúde, Helvécio Magalhães.
O Ministério da Saúde considera que a participação da doula é mais um instrumento humanizador, pois ela acolhe e acompanha as mulheres na hora do parto, dando apoio emocional e incentivo não só às gestantes, mas também a seus familiares. Além disso, toda gestante que tiver o seu parto no SUS tem direito a um acompanhante de livre escolha, pois a lei federal nº 11.108 traz essa garantia e a Rede Cegonha veio reforçar esse direito por meio da qualificação das unidades de saúde. O Ministério da Saúde também reconhece que a assistência prestada pelas parteiras é uma realidade em diversos locais do país. Por isso, vem capacitando as parteiras tradicionais e desenvolvendo ações para valorizar, apoiar, qualificar e integrar o seu trabalho ao SUS, inserindo-as na Rede Cegonha.
A atuação das doulas e parteiras tem sido tema de discussões atuais, por conta de recente decisão do Conselho Regional de Medicina do Estado do Rio de Janeiro (Cremerj). Magalhães lembra que as decisões de conselhos médicos locais tem foco relacionado exclusivamente aos profissionais médicos.
Fonte: Tinna Oliveira / Agência Saúde
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