Dando início à atividade coordenada pela pesquisadora da ENSP Monica Malta, o pesquisador do Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica em Saúde (Icict/Fiocruz) Francisco Inácio Bastos abordou a ótica dos estudos realizados sobre drogas. Na apresentação Drogas: métodos e achados preliminares de uma questão complexa, o pesquisador citou o estudo Putting Respondent-Driven Sampling on the Map: Insights from Rio de Janeiro, Brazil, que mapeou a situação do uso de drogas no país. Segundo ele, as conclusões do estudo apontaram que quase um quarto dos entrevistados não tem endereço fixo localizável, diferente dos achados do estudo utilizando a mesma estratégia de captura de informações e usuários de um ambulatório para tratamento do abuso de drogas.
Para o pesquisador, existem ainda outros métodos para capturar informações não capturáveis, como pesquisas clássicas com populações cativas e inquéritos domiciliares, além do uso das redes sociais na sociedade atual. De acordo com Inácio, "o consumo é, por definição, uma rede de distribuição, aquisição e consumo. Usuários, mesmo os mais isolados e estigmatizados, interagem com redes da sociedade em geral", explicou. Em seguida, o professor abordou a questão econômica com relação à venda e uso do crack. "Na verdade, por que os preços do crack têm declinado ao invés de sofrerem incremento se a procura é cada vez maior?" indagou o pesquisador.
A coordenadora psicossocial da Organização Não Governamental Viva Rio/Viva Comunidade, Fabiana Lustosa Gaspar, apresentou as experiências e ações efetivas da ONG, fundada em dezembro de 1993 por representantes de vários setores da sociedade civil como resposta à crescente violência no Rio de Janeiro. A coordenadora apontou a missão da Viva Rio e os eixos temáticos de trabalho, entre eles: saúde, segurança, educação e meio ambiente, além do eixo temático sobre drogas, que inclui uma política de drogas da Comissão Brasileira de Drogas e Democracia e a discussão da política de segurança.
Por fim, Julita citou alguns dados sobre os condenados por tráfico de drogas no Rio de Janeiro no período de outubro de 2006 a maio de 2008. Segundo a pesquisa, 66,4% são primários; 91,9% foram presos em flagrante; 60,8% foram presos sozinhos; 65,4% respondem somente por tráfico (sem associação ou quadrilha); 15,8% estão em concurso com associação e 14,1% estão em concurso com posse de arma. A diretora afirmou que faltam critérios objetivos para definir o usuário de drogas na legislação brasileira. O art. 28, parágrafo 2º, diz que: Para determinar se a droga destina-se a consumo pessoal, o juiz atenderá à natureza e à quantidade de substância apreendida, ao local e às condições em que se desenvolveu a ação, às circunstâncias sociais e pessoais, bem como à conduta e aos antecedentes do agente. Entre em contato com nossa unidade, fale com nossos profissionais e tire suas dúvidas quanto aos nossos programas
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