segunda-feira, 30 de maio de 2011
IMPORTANTE ENTREVISTA COM A PESQUISADORA DEVRA DAVIS
A epidemiologista Devra Davis lidera uma cruzada para fazer as pessoas deixarem o celular
longe e suas cabeças.
Convencida de que a radiação emitida pelo aparelho lesa a saúde, ela escreveu "Disconnect" ( sem edição no Brasil ), cuja base são pesquisas que começam a mostrar os efeitos dessa radiação no organismo. Nesta entrevista, ela também perguntou: "Vamos esperar as mortes começarem antes de mudar a relação com o celular?".
"ESPECIALIZAÇÃO EM CONTROLE DE TUBERCULOSE: INSCRIÇÕES ATÉ 01/06 - ENSP"
Terminam no dia 1º de junho as inscrições para o curso de especialização em Gestão de Programas para o Controle da Tuberculose da ENSP. São oferecidas 40 vagas e o curso tem o objetivo de capacitar profissionais de saúde de nível superior, no âmbito da tuberculose, para análise da situação epidemiológica; planejamento, promoção de ações e gerenciamento de programas de controle e vigilância epidemiológica. O canditato deverá fazer sua inscrição na Plataforma Siga.
O curso é voltado para profissionais de saúde de nível superior que trabalhem em áreas de gerência ou coordenação de atividades de controle ou vigilância epidemiológica da tuberculose.
Regime e Duração
O curso, com carga horária total de 500 horas, será ministrado de segunda a sexta-feira, em horário integral, no Centro de Referência Professor Hélio Fraga.
Período do Curso: 22/08/2011 a 27/01/2012
Período Presencial: 22/08/2011 a 07/10/2011
Período de Trabalho de Campo: 17/10/2011 a 18/11/2011
Período da Elaboração do TCC: 18/11/2011 a 27/01/2012
Entrega do TCC: 31/01/2012 (Data da Postagem)
"PALESTRA ABORDA TRANSFORMAÇÃO SOCIAL A PARTIR DA MENTE"
"Como falar de direitos humanos e saúde sem estarmos sob um domínio, um conjunto de valores comuns?", indagou o coordenador do Núcleo de Estudos Transdisciplinares de Comunicação e Consciência da Escola de Comunicação da UFRJ, Evandro Vieira Ouriques, durante a palestra Território Mental, Comunicação e Saúde, promovida pelo Grupo Direitos Humanos e Saúde da ENSP. Segundo ele, não é possível gerar políticas públicas, articulações partidárias, planejamento estratégico de médio e longo prazo, entre outros, se não conseguirmos produzir valores comuns. "Esse é o grande dilaceramento, o ponto cego ocidental sobre a minha perspectiva da teoria social", afirmou Evandro.
O palestrante - que em 2010 recebeu o Best Scholar 2010 Award de melhor acadêmico do mundo, conferido pelo Reputation Institute, de Nova York, por seu trabalho pioneiro transdisciplinar sobre gestão da mente e ação nos territórios - ressaltou que a maioria das pessoas quer modificar a ação nos territórios (espaço + poder) sem ocupar o único lugar que é efetivamente nosso, que é a nossa mente, o território mental.
"Chamo de território mental o fluxo de pensamentos, afetos e percepções que fazem um conjunto de processos cognitivos. Além disso, considero esse termo um dispositivo de transformação. Pois como efetivamente podemos mudar de atitude somente através de uma perspectiva psicopolítica? Como falar de direitos humanos e saúde sem estarmos sob um domínio, um conjunto de valores comuns? Esse é o grande dilaceramento, o ponto cego ocidental sobre a minha perspectiva da teoria social. É lamentável, mas a impotência da teoria social de gerar valores comuns, calcados na ideia de uma liberdade absoluta e sem limite, se revela na totalização pelo capital", disse ele.
De acordo com Evandro, a grande questão está em saber como podemos gerar políticas públicas, articulação políticas e partidárias, gerar um planejamento estratégico de médio a longo prazo em instituições, grupos de estudos ou mesmo em um continente se não conseguirmos produzir valores comuns. "Como é possível gerar, em uma sociedade, atitudes societais se não estamos de comum acordo a respeito dessas atitudes?", questionou.
Ele disse, ainda, que a única saída para essa narrativa totalitária é seguir o que Boaventura de Sousa Santos chama de Teoria da Tradução. "É preciso que se faça com que os vários campos de conhecimentos distintos possam conversar entre si. Eles precisam escutar as suas dores, escutar suas necessidades para alcançarem uma mudança real", apontou.
O palestrante - que em 2010 recebeu o Best Scholar 2010 Award de melhor acadêmico do mundo, conferido pelo Reputation Institute, de Nova York, por seu trabalho pioneiro transdisciplinar sobre gestão da mente e ação nos territórios - ressaltou que a maioria das pessoas quer modificar a ação nos territórios (espaço + poder) sem ocupar o único lugar que é efetivamente nosso, que é a nossa mente, o território mental.
"Chamo de território mental o fluxo de pensamentos, afetos e percepções que fazem um conjunto de processos cognitivos. Além disso, considero esse termo um dispositivo de transformação. Pois como efetivamente podemos mudar de atitude somente através de uma perspectiva psicopolítica? Como falar de direitos humanos e saúde sem estarmos sob um domínio, um conjunto de valores comuns? Esse é o grande dilaceramento, o ponto cego ocidental sobre a minha perspectiva da teoria social. É lamentável, mas a impotência da teoria social de gerar valores comuns, calcados na ideia de uma liberdade absoluta e sem limite, se revela na totalização pelo capital", disse ele.
De acordo com Evandro, a grande questão está em saber como podemos gerar políticas públicas, articulação políticas e partidárias, gerar um planejamento estratégico de médio a longo prazo em instituições, grupos de estudos ou mesmo em um continente se não conseguirmos produzir valores comuns. "Como é possível gerar, em uma sociedade, atitudes societais se não estamos de comum acordo a respeito dessas atitudes?", questionou.
Ele disse, ainda, que a única saída para essa narrativa totalitária é seguir o que Boaventura de Sousa Santos chama de Teoria da Tradução. "É preciso que se faça com que os vários campos de conhecimentos distintos possam conversar entre si. Eles precisam escutar as suas dores, escutar suas necessidades para alcançarem uma mudança real", apontou.
"21 CONSELHOS DAS UNIVERSIDADES DE MEDICINA: HARVARD E CAMBRIDGE"
As universidades Harvard e Cambridge publicaram recentemente um compêndio com 21 Conselhos saudáveis para melhorar a qualidade de vida de forma prática e habitual :
01- Um copo de suco de laranja
Diariamente para aumentar o Ferro e repor a vitamina C.
02- Salpicar canela no café 01- Um copo de suco de laranja
Diariamente para aumentar o Ferro e repor a vitamina C.
(mantém baixo o colesterol e estáveis os níveis de açúcar no sangue).
03- Trocar o pãozinho tradicional pelo pão integral
O pão integral tem 4 vezes mais fibra, 3 vezes mais zinco e quase 2 vezes mais Ferro que tem o pão branco.
04- Mastigar os vegetais por mais tempo.
Isto aumenta a quantidade de químicos anticancerígenos liberados no corpo. Mastigar libera sinigrina. E quanto menos se cozinham os vegetais, melhor efeito preventivo têm.
05- Adotar a regra dos 80%:
Servir-se menos 20% da comida que costuma comer, evita transtornos gastrintestinais, prolonga a vida e reduz o risco de diabetes e ataques de coração.
06- LARANJA o futuro está na laranja, que reduz em 30% o risco de câncer de pulmão.
07- Fazer refeições coloridas como o arco-íris .
Comer DIARIAMENTE, uma variedade de vermelho, laranja, amarelo, Verde, roxo e branco em frutas e vegetais, cria uma melhor mistura de antioxidantes, vitaminas e minerais.
08- Comer pizza, macarronada ou qualquer outra coisa com molho de tomate.
Mas escolha as pizzas de massa fininha. O Licopeno, um antioxidante dos tomates pode inibir e ainda reverter o crescimento dos tumores; e mais é melhor absorvido pelo corpo quando os tomates estão em molhos para massas ou para pizza .09- Limpar sua escova de dentes e trocá-la regularmente .
As escovas podem espalhar gripes e resfriados e outros germes. Assim, é recomendado lavá-las com água quente pelo menos quatro vezes à semana (aproveite o banho no chuveiro), sobretudo após doenças, quando devem ser mantidas separadas de outras escovas.
10- Realizar atividades que estimulem a mente e fortaleçam sua memóriaAs escovas podem espalhar gripes e resfriados e outros germes. Assim, é recomendado lavá-las com água quente pelo menos quatro vezes à semana (aproveite o banho no chuveiro), sobretudo após doenças, quando devem ser mantidas separadas de outras escovas.
Faça alguns testes ou quebra-cabeças, palavras-cruzadas, aprenda um idioma, alguma habilidade nova... Leia um livro e memorize parágrafos; escreva, estude, aprenda. Sua mente agradece e seus amigos também, pois é interessante conversar com alguém que tem assunto.
11- Usar fio dental e não mastigar chicletes .
Acreditem ou não, uma pesquisa deu como resultado que as pessoas que mastigam chicletes têm mais possibilidade de sofrer de arteriosclerose, pois tem os vasos sanguíneos mais estreitos, o que pode preceder a um ataque do coração. Usar fio dental pode acrescentar seis anos a sua idade biológica porque remove as bactérias que atacam aos dentes e o corpo.
12- Rir. Acreditem ou não, uma pesquisa deu como resultado que as pessoas que mastigam chicletes têm mais possibilidade de sofrer de arteriosclerose, pois tem os vasos sanguíneos mais estreitos, o que pode preceder a um ataque do coração. Usar fio dental pode acrescentar seis anos a sua idade biológica porque remove as bactérias que atacam aos dentes e o corpo.
Uma boa gargalhada é um pequeno exercício físico: 100 a 200 gargalhadas equivalem a 10 minutos de corrida. Baixa o estresse e acorda células naturais de defesa os anticorpos.
13- Não descascar com antecipação.
Os vegetais ou frutas, sempre frescos, devem ser cortados e descascados na hora em que forem consumidos. Isso aumenta os níveis de nutrientes contra o câncer. Sucos de fruta têm que ser tomados assim que são preparados.
14- Ligar para seus parentes/pais de vez em quando.
Um estudo da Faculdade de Medicina de Harvard concluiu que 91% das pessoas que não mantém um laço afetivo com seus entes queridos, particularmente com a mãe, desenvolvem alta pressão, alcoolismo ou doenças cardíacas em idade temporã .
15- Desfrutar de uma xícara de chá.
O chá comum contém menos níveis de antioxidantes que o chá Verde, e beber só uma xícara diária desta infusão diminui o risco de doenças coronárias. Cientistas israelenses também concluíram que beber chá aumenta a sobrevida depois de ataques ao coração.
16- Ter um animal de estimação.
As pessoas que não têm animais domésticos sofrem mais de estresse e visitam o médico regularmente, dizem os cientistas. Os mascotes fazem você sentir-se otimista, relaxado e isso baixa a pressão do sangue.
Os cães são os melhores, mas até um peixinho dourado pode causar um bom resultado.
17- Colocar tomate ou verdura frescas no sanduíche
Uma porção de tomate por dia baixa o risco de doença coronária em 30%, outras vantagens são conseguidas atráves de verduras frescas.
18- Reorganizar a geladeira . As verduras em qualquer lugar de sua geladeira perdem substâncias nutritivas, porque a luz artificial do equipamento destrói os flavonóides que combatem o câncer que todo vegetal tem. Por isso, é melhor usar á área reservada a ela, aquela caixa bem embaixo ou guardar em uma vasilha escura e bem fechada.
19- Comer como um passarinho.
A semente de girassol e as sementes de sésamo nas saladas e cereais são nutrientes e antioxidantes. E comer nozes entre as refeições reduz o risco de diabetes.
20- Uma banana por dia quase dispensa o médico.
A banana previne a anemia, a tensão arterial alta, melhora a capacidade mental, cura ressacas, alivia azia, acalma o sistema nervoso, alivia TPM, reduz risco de infarto, e tantas outras coisas mais, então: é ou não é um remédio natural contra várias doenças?
A banana previne a anemia, a tensão arterial alta, melhora a capacidade mental, cura ressacas, alivia azia, acalma o sistema nervoso, alivia TPM, reduz risco de infarto, e tantas outras coisas mais, então: é ou não é um remédio natural contra várias doenças?
21- e, por último, um mix de pequenas dicas para alongar a vida:
- Comer chocolate.
Duas barras por semana estendem um ano a vida. O amargo é fonte de ferro, magnésio e potássio..
Duas barras por semana estendem um ano a vida. O amargo é fonte de ferro, magnésio e potássio..
- Pensar positivamente .
Pessoas otimistas podem viver até 12 anos mais que os pessimistas, que, além disso, pegam gripes e resfriados mais facilmente, são menos queridos e mais amargos.
Pessoas otimistas podem viver até 12 anos mais que os pessimistas, que, além disso, pegam gripes e resfriados mais facilmente, são menos queridos e mais amargos.
- Ser sociável.
Pessoas com fortes laços sociais ou redes de amigos têm vidas mais saudáveis que as pessoas solitárias ou que só têm contato com a família.
Pessoas com fortes laços sociais ou redes de amigos têm vidas mais saudáveis que as pessoas solitárias ou que só têm contato com a família.
- Conhecer a si mesmo .
Os verdadeiros crentes e aqueles que priorizam o 'ser' sobre o 'ter' têm 35% de probabilidade de viver mais tempo, e de ter qualidade de vida...
Os verdadeiros crentes e aqueles que priorizam o 'ser' sobre o 'ter' têm 35% de probabilidade de viver mais tempo, e de ter qualidade de vida...
"Não parece tão sacrificante, não é verdade? Uma vez incorporados, os conselhos, facilmente tornam-se hábitos".
domingo, 29 de maio de 2011
"ATENÇÃO COMUNIDADES DE PADRE MIGUEL"
Para orientação da POPULAÇÃO DE PADRE MIGUEL, a partir da próxima segunda-feira, dia 30/05 nossas equipes de funcionários estarão percorrendo os domicílios para imunizar os usuários acamados que não tiveram condições de comparecer a unidade para administrar a Vacina Contra-Influenza (GRIPE), como também estaremos atendendo na unidade as pessoas portadoras de condições clínicas especiais, conforme o Ministério da Saúde preconiza, sendo:
1) HIV/Aids;
2) Transplantados de órgãos sólidos e medula óssea;
3) Doadores de órgãos sólidos e medula óssea devidamente cadastrados nos programas de doação;
4) Imunodeficiências congênitas;
5) Imunodepressão devido a câncer ou imunossupressão terapêutica;
6) Comunicantes domiciliares de imunodeprimidos;
7) Profissionais de saúde;
8) Cardiopatias e/ou Pneumopatias crônicas;
9) Asplenia anatômica ou funcional e doenças relacionadas;
10) Diabetes mellitus;
11) Fibrose cística;
12) Trissomias;
13) Implante de cóclea;
14) Doenças neurológicas crônicas incapacitantes;
15) Usuários crônicos de ácido acetil salicílico;
16) Nefropatia crônica / síndrome nefrótica;
17) Asma;
18) Hepatopatias crônicas.
sábado, 28 de maio de 2011
"CMS PADRE MIGUEL REALIZARÁ II CAMINHADA CONTRA DENGUE"
Visando o combate ao mosquito transmissor do vírus da dengue, através do apoio da Secretaria Municipal de Saúde e Defesa Civil (SMSDC) nos mobilizaremos no dia 4 de Junho para a 2ª caminhada contra a dengue da cidade do Rio.
A gestora da unidade, funcionários e comunidade do entorno participarão da ação. Os agentes de vigilância em saúde e os agentes comunitários orientarão os participantes sobre a identificação de focos do Aedes aegypti.
As 8 horas da manhã, promoveremos um delicioso café da manhã na unidade de saúde, de onde sairemos em pequenos grupos para vistoriar ruas, imóveis e estabelecimentos de cada região acompanhados e orientados por agentes de saúde. As informações serão coletadas pelo Disque Rio no telefone 1746, pelo site da SMSDC (www.rio.rj.gov.br/web/smsdc) ou ainda por formulários que serão distribuídos no local.
"CONTAMOS COM A PARTICIPAÇÃO DE TODOS"
"REUNIÃO DO CONSELHO DISTRITAL DE SAÚDE DA AP 5.1 - XVII RA"
Amanhã estaremos reunidos para mais uma sessão do CONSELHO DISTRITAL DE SAÚDE DA AP 5.1 - XVII RA - Local: Policlínica Manoel Guilherme da Silveira Filho,(PAM BANGU) Av. Ribeiro Dantas, 571 , Guilherme da Silveira, a partir das 9h."VENHA PARTICIPAR CONOSCO, EXERCENDO ASSIM, SEU DIREITO DE CIDADANIA"
"CONGRESSO FLUMINENSE DE ENFERMAGEM NA ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE"
O Congresso Fluminense de Enfermagem na Atenção Primária à Saúde – CoFEnAPS - é um evento inédito promovido pelo Conselho Regional de Enfermagem do Estado do Rio de Janeiro (COREN-RJ) em parceria com ABEN-RIO, ABENFO-NACIONAL e SINDENF-RJ. Esta iniciativa é destinada a enfermagem, abrindo espaço também a outros profissionais da saúde interessados no tema.
Através de sua realização, o Coren-RJ pretende fomentar a discussão, a troca de experiências, opiniões e vivências no âmbito profissional de todos os interessados no campo da saúde coletiva. Formalizando o CoFEnAPS como espaço de discussão e deliberação sobre o exercício profissional e o papel técnico político da enfermagem na APS.
Além disso, pretende também fortalecer o canal de diálogo entre os diferentes campos de ação e atores do processo de construção da rede de atenção à saúde.
Proporcionando um espaço de debate e reflexão para que profissionais de enfermagem atuem como sujeitos do processo de fortalecimento e legitimidade do Exercício Profissional da Enfermagem na APS. E, finalmente, discutir e definir desafios do ensino e pesquisa, da prática e da gestão, e suas interfaces com projetos de participação social e instâncias que atuam em defesa dos interesses da sociedade.
Mais informações : http://www.cofenaps.com.br
"ENSP DEBATE DESARMAMENTO VOLUNTÁRIO"
Centro de Estudos da ENSP abordará, no dia 8 de junho, às 14 horas, um tema que vem mobilizando a sociedade: o desarmamento voluntário. Para debater os benefícios e malefícios dessa campanha, foi convidado o coordenador do Projeto de Controle de Armas do Viva Rio, Antonio Rangel Bandeira.
No dia 6 de maio, o governo federal deu início à campanha para entrega de armas em todo o país, seguindo o Estatuto do Desarmamento, que representa um marco legal no combate à violência armada no Brasil. Local: Salão Internacional da ENSP, aberto a todos os interessados e não é necessário inscrição prévia.
sexta-feira, 27 de maio de 2011
"ENXAQUECA"
mundial já teve dores de cabeça, pelas mais variadas causas. Entre elas: a enxaqueca.
Diagnosticar uma pessoa com enxaqueca não é tarefa fácil, o médico tem que ter
certeza de que os sintomas não estão ligados a outra doença.
"DICAS DE ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEIS"
Quem já não fez uma listinha com todos os alimentos que engordam para simplesmente eliminar do dia a dia? Esses cortes podem não ajudar muito na perda de peso. Hábitos errados com a alimentação podem comprometer a vida adulta, por isso é ideal mudar sua rotina com atos mais saudáveis.Não tomar o café da manhã é o primeiro hábito que você pode mudar. Muitas vezes, não é possível por causa da correria, então a dica é levar sempre uma fruta com você.Comer enquanto assiste TV ou fica na frente do computador aumenta a quantidade de alimentos em cada garfada, assim como a velocidade que você devora tudo. Que tal sentar e se acalmar nas refeições?Ingerir aquele lanchinho gorduroso ou mesmo beliscar pode acabar com os seus planos de emagrecimento. Não se esqueça de fazer várias refeições ao dia em pequenas quantidades para não ficar com muita fome.Outro mal para sua saúde é o estresse exagerado. Quando ficamos nervosos pode ocorrer uma série de alterações fisiológicas, neurais e hormonais que podem aniquilar a vontade de se alimentar ou aumentar a fome. Então, cuidado para não deixar que a quantidade no seu prato reflita seu estado emocional.A última dica é para a hora do jantar: a redução da comida nesse momento pode ajudar. Não é para substituir uma refeição por um lanche, mas sim maneirar na quantidade de alimentos. Você verá que o sono ficará mais leve quando começar a fazer isso.
Quem já não fez uma listinha com todos os alimentos que engordam para simplesmente eliminar do dia a dia? Esses cortes podem não ajudar muito na perda de peso.
Hábitos errados com a alimentação podem comprometer a vida adulta, por isso é ideal mudar sua rotina com atos mais saudáveis.
Não tomar o café da manhã é o primeiro hábito que você pode mudar. Muitas vezes, não é possível por causa da correria, então a dica é levar sempre uma fruta com você.
Comer enquanto assiste TV ou fica na frente do computador aumenta a quantidade de alimentos em cada garfada, assim como a velocidade que você devora tudo. Que tal sentar e se acalmar nas refeições?
Ingerir aquele lanchinho gorduroso ou mesmo beliscar pode acabar com os seus planos de emagrecimento. Não se esqueça de fazer várias refeições ao dia em pequenas quantidades para não ficar com muita fome.
Outro mal para sua saúde é o estresse exagerado. Quando ficamos nervosos pode ocorrer uma série de alterações fisiológicas, neurais e hormonais que podem aniquilar a vontade de se alimentar ou aumentar a fome. Então, cuidado para não deixar que a quantidade no seu prato reflita seu estado emocional.
A última dica é para a hora do jantar: a redução da comida nesse momento pode ajudar. Não é para substituir uma refeição por um lanche, mas sim maneirar na quantidade de alimentos. Você verá que o sono ficará mais leve quando começar a fazer isso.
"GESTORA DO CMS PADRE MIGUEL PROFERE PALESTRA SOBRE "PROTOCOLO DE ACIDENTE COM MATERIAL BIOLÓGICO NOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE NA SEMANA DE ENFERMAGEM DA CAP 5.1"
Dia 25 de maio a gestora do CMS PADRE MIGUEL Drª Neise Villar, a convite da CAP 5.1, apresentou seu Projeto "EXPOSIÇÃO OCUPACIONAL A MATERIAL BIOLÓGICO"
envolvendo os profissionais da saúde presentes no Evento.
Alertou assim, para os riscos de acidentes com material perfuro-cortantes potencialmente contaminados, prevenção de doenças através de imunização dos profissionais, treinamento em serviço, medidas a serem tomadas pós-exposição, cuidados no local ferido, uso de medicações retro-virais, vacinação contra hepatite B, orientações sobre o uso da imunoglobulina da hepatite B, atenção psicológica ao caso fonte e ao funcionário acidentado, notificações CAT, SINAN.
Forneceu também sua apresentação para os interessados no assunto em pauta, fundamental para manutenção do bem estar dos profissionais de saúde.
"CURSO DE ALEITAMENTO"
O Centro de Saúde Escola Germano Sinval Faria (CSEGSF/ENSP) coordenou o primeiro curso de multiplicadores da Iniciativa Básica Amiga da Amamentação (Iubaam), entre 23 e 25 de maio, em parceria com a Secretaria Municipal de Saúde e Defesa Civil (SMSDC-RJ), através de integrantes da CAP 3.1 e da Secretaria de Estado de Saúde e Defesa Civil (Sesdec-RJ). O objetivo é tornar o Centro de Saúde Escola um Pólo de Capacitação do Rio de Janeiro nesta iniciativa. "A atividade é parte da nossa atribuição de instituição formadora de recursos humanos para a atenção primária", ressaltou Emilia Correia, chefe do Centro de Saúde Escola.
Segundo a coordenadora do curso, Tânia Brasil, que também faz parte da Coordenação de Ensino e Pesquisa do Centro de Saúde Escola, além de doutoranda da ENSP, "a iniciativa visa à ampliação do número de Unidades credenciadas na Iubaam em nossa região, em parceria com a coordenação da CAP 3.1, promovendo, protegendo e apoiando o aleitamento materno".
Um dos indicadores de monitoramento de atenção à saúde do Centro de Saúde Escola é a prevalência do Aleitamento Exclusivo (AM) no território. "Apesar deste indicador estar dentro do esperado no município do Rio de Janeiro, temos metas mais ousadas a atingir, contribuindo para a redução da mortalidade infantil em nosso território", explicou Emília.
A chefe do Centro de Saúde Escola lembra que o aleitamento materno deve ser exclusivo até os seis meses de vida da criança, e deve ter continuidade até os dois anos ou mais, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS).
Curso reúne profissionais das instituições participantes
O curso reúne profissionais do Centro de Saúde Escola, professores universitários, profissionais da SMSDC-RJ e da SESDEC-RJ , e conta com preceptores especialistas em aleitamento materno e Banco de Leite Humano.
Os preceptores do primeiro curso foram a pediatra Maria da Conceição Monteiro Salomão, da Sesdec-RJ; a obstetra Solange Oliveira, que coordena o cuidado do Centro de Saúde Escola da ENSP; o doutorando da ENSP Cristiano Bocoline, também nutricionista da SMSDC-RJ da Rede Rio de Banco de Leite; e o dentista João Ignácio Neto, da SMSDC, representando a CAP 3.1.
De acordo com Emília Correia, em 2011 o Centro de Saúde Escola deverá realizar mais quatro cursos de multiplicadores. "Nosso objetivo principal é tornar o Centro de Saúde Escola uma Unidade Amiga da Amamentação o mais breve possível", concluiu.
Um dos indicadores de monitoramento de atenção à saúde do Centro de Saúde Escola é a prevalência do Aleitamento Exclusivo (AM) no território. "Apesar deste indicador estar dentro do esperado no município do Rio de Janeiro, temos metas mais ousadas a atingir, contribuindo para a redução da mortalidade infantil em nosso território", explicou Emília.
A chefe do Centro de Saúde Escola lembra que o aleitamento materno deve ser exclusivo até os seis meses de vida da criança, e deve ter continuidade até os dois anos ou mais, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS).
Curso reúne profissionais das instituições participantes
O curso reúne profissionais do Centro de Saúde Escola, professores universitários, profissionais da SMSDC-RJ e da SESDEC-RJ , e conta com preceptores especialistas em aleitamento materno e Banco de Leite Humano.
Os preceptores do primeiro curso foram a pediatra Maria da Conceição Monteiro Salomão, da Sesdec-RJ; a obstetra Solange Oliveira, que coordena o cuidado do Centro de Saúde Escola da ENSP; o doutorando da ENSP Cristiano Bocoline, também nutricionista da SMSDC-RJ da Rede Rio de Banco de Leite; e o dentista João Ignácio Neto, da SMSDC, representando a CAP 3.1.
De acordo com Emília Correia, em 2011 o Centro de Saúde Escola deverá realizar mais quatro cursos de multiplicadores. "Nosso objetivo principal é tornar o Centro de Saúde Escola uma Unidade Amiga da Amamentação o mais breve possível", concluiu.
"BRASIL PRECISA REVER LEGISLAÇÃO SOBRE DROGAS"
"Houve significativo crescimento no número de presos condenados por crimes relacionados às drogas no período de 2005 a 2010 no Brasil - de 31.520 em 2005 para 100.648 em 2010. Faltam critérios objetivos para definir o usuário de drogas na legislação brasileira", afirmou a diretora do Centro de Estudos de Segurança e Cidadania da Universidade Cândido Mendes, Julita Lemgruber, em mais um Centro de Estudos da ENSP, realizado nessa quarta-feira (25/5), no salão internacional da Escola. Com o tema Subsídios para uma nova política de drogas: consumo de crack e saúde pública, a atividade contou ainda com a participação do pesquisador da Fiocruz, Francisco Inácio Bastos, e da coordenadora psicossocial da ONG Viva Rio, Fabiana Lustosa Gaspar, que debateram os desafios no enfrentamento do consumo e venda do crack no Brasil. Os convidados trouxeram suas experiências profissionais sobre o tema e apontaram conceitos e ações para a construção de uma nova política de drogas para o país. Dando início à atividade coordenada pela pesquisadora da ENSP Monica Malta, o pesquisador do Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica em Saúde (Icict/Fiocruz) Francisco Inácio Bastos abordou a ótica dos estudos realizados sobre drogas. Na apresentação Drogas: métodos e achados preliminares de uma questão complexa, o pesquisador citou o estudo Putting Respondent-Driven Sampling on the Map: Insights from Rio de Janeiro, Brazil, que mapeou a situação do uso de drogas no país. Segundo ele, as conclusões do estudo apontaram que quase um quarto dos entrevistados não tem endereço fixo localizável, diferente dos achados do estudo utilizando a mesma estratégia de captura de informações e usuários de um ambulatório para tratamento do abuso de drogas.
Para o pesquisador, existem ainda outros métodos para capturar informações não capturáveis, como pesquisas clássicas com populações cativas e inquéritos domiciliares, além do uso das redes sociais na sociedade atual. De acordo com Inácio, "o consumo é, por definição, uma rede de distribuição, aquisição e consumo. Usuários, mesmo os mais isolados e estigmatizados, interagem com redes da sociedade em geral", explicou. Em seguida, o professor abordou a questão econômica com relação à venda e uso do crack. "Na verdade, por que os preços do crack têm declinado ao invés de sofrerem incremento se a procura é cada vez maior?" indagou o pesquisador.
Segundo ele, os preços sobem em função da pressão sobre a oferta, que se torna mais escassa (apreensões, combate à lavagem de dinheiro). Subindo os preços, a disponibilidade cai até certo ponto. A partir de um sobrecusto expressivo, é difícil definir a prioridade e vale a pena abrir novos mercados, redefinir os produtos ou mudar de atividade criminal. "O mercado das drogas é atacadista e varejista ao mesmo tempo; nele, os produtos são interconversíveis, o grande tráfico é complementado pelas redes informais/semiartesanais, e o custo unitário é muito baixo. Portanto, apreensões tópicas têm efeito de demonstração, mas quase nenhum impacto econômico", afirmou.
Experiências e ações efetivas para o enfrentamento das drogas
A coordenadora psicossocial da Organização Não Governamental Viva Rio/Viva Comunidade, Fabiana Lustosa Gaspar, apresentou as experiências e ações efetivas da ONG, fundada em dezembro de 1993 por representantes de vários setores da sociedade civil como resposta à crescente violência no Rio de Janeiro. A coordenadora apontou a missão da Viva Rio e os eixos temáticos de trabalho, entre eles: saúde, segurança, educação e meio ambiente, além do eixo temático sobre drogas, que inclui uma política de drogas da Comissão Brasileira de Drogas e Democracia e a discussão da política de segurança.
Em seguida, a coordenadora apontou a saúde da família como uma grande estratégia da ONG para chegar aos usuários de droga. "A Saúde da Família, por contar com o Agente Comunitário de Saúde que visita mensalmente um grupo de pessoas de uma determinada área, proporciona que os sujeitos e famílias que estão em maior risco sejam atendidos, acompanhados. Dentre estas pessoas podemos citar as que não vão às consultas, as vítimas de violência e as que fazem uso prejudicial de drogas. As equipes de saúde da família têm identificado rotineiramente o uso de álcool e outras drogas como um grande problema a ser abordado no território. Porém, encontram-se, muitas vezes, limitados e sem instrumentos que os auxiliem nesta abordagem", afirmou.
De acordo com Fabiana, em resposta às dificuldades encontradas pelos ACS em lidar com os problemas das drogas com os pacientes, foram realizadas algumas medidas e atividades para facilitar este fluxo, tais como o Seminário Crack - repensando as Estratégias de Atenção à Saúde, que teve como objetivo construir um documento com diretrizes para o trabalho, com atenção ao usuário de álcool e outras drogas, além da Cartilha de Redução de Danos voltada aos Agentes Comunitários de Saúde, folders explicativos (o que é, efeitos, perigos e passos para uma atitude saudável), capacitação dos Agentes Comunitários de Saúde e protocolo clínico para a equipe médica da Saúde da Família.
Dando fim à atividade, a diretora do Centro de Estudos de Segurança e Cidadania da Universidade Cândido Mendes (CESeC/Ucam), Julita Lemgruber, revelou o número de homens e mulheres sob supervisão do Sistema de Justiça Criminal no Brasil no ano de 2009. Segundo ela, existiam 473.626 presos entre homens e mulheres em 2009 no país, além de 671.078 indivíduos cumprindo pena ou medidas alternativas. Ainda de acordo com a diretora, cada um dos 473.626 presos custa entre R$ 1.800,00 a R$ 3.300,00 mensais ao governo. Julita revelou também o crescimento da população prisional no Brasil de 1995 a 2010. Em 1995, havia cerca de 48.760 presos; em 2010, o número subiu para 494.237, cerca de 250% a mais em quinze anos. O Brasil hoje ocupa a 47ª posição no ranking das maiores populações prisionais do mundo; os Estados Unidos ocupa a primeira posição com 2.292.133 presos.
Julita abordou ainda um estudo realizado em 2004 por uma médica sanitarista da Fiocruz que visitou a unidade Polinter Centro, atualmente desativada, para elaborar o risco sanitário. "A condição dos detentos desta instituição é de privação máxima: amontoamento, ausência de ar promiscuidade, mau cheiro, inexistência de qualquer privacidade, desconforto radical. Pode-se afirmar que estes presos estão vivendo uma situação de tortura física e mental. A intensidade da miséria humana imposta a esses detentos é inominável e indescritível", constatou a médica. Segundo a diretora, houve crescimento significativo no número de presos condenados por crimes relacionados às drogas no período de 2005 a 2010 - de 31.520 em 2005 para 100.648 em 2010.
Por fim, Julita citou alguns dados sobre os condenados por tráfico de drogas no Rio de Janeiro no período de outubro de 2006 a maio de 2008. Segundo a pesquisa, 66,4% são primários; 91,9% foram presos em flagrante; 60,8% foram presos sozinhos; 65,4% respondem somente por tráfico (sem associação ou quadrilha); 15,8% estão em concurso com associação e 14,1% estão em concurso com posse de arma. A diretora afirmou que faltam critérios objetivos para definir o usuário de drogas na legislação brasileira. O art. 28, parágrafo 2º, diz que: Para determinar se a droga destina-se a consumo pessoal, o juiz atenderá à natureza e à quantidade de substância apreendida, ao local e às condições em que se desenvolveu a ação, às circunstâncias sociais e pessoais, bem como à conduta e aos antecedentes do agente.
Julita encerrou sua fala levantando algumas questões - das quais ela compartilha da mesma opinião - apontadas pelo juiz federal de Nova Iorque, Robert Sweet, em entrevista ao jornal O Globo, de janeiro de 2009. "O uso de drogas é questão de saúde pública. Substâncias que alteram o comportamento da mente fazem parte da vida moderna e todas devem ser controladas como o álcool. A abordagem punitiva é um método mais fácil - varre-se o problema para debaixo do tapete. A guerra às drogas vem custando bilhões de dólares por ano aos Estados Unidos e é um fracasso do ponto de vista do custo-benefício. Os cidadãos devem ter direito a tomar decisões em suas vidas privadas desde que não causem dano a outros. O usuário de drogas que provocar danos a outros deve sofrer sanções criminais", finalizou.
"EVENTO DEBATE GESTÃO ESCOLAR E ACREDITAÇÃO PEDAGÓGICA NO RJ"
A Secretaria Executiva da Rede de Escolas e Centros Formadores em Saúde Pública/Coletiva realizou, entre os dias 24 e 27 de maio, na ENSP, o seu VIII Encontro Nacional. Em 2011, o tema central do encontro será Gestão Escolar e Acreditação Pedagógica na Rede: Construindo Caminhos Convergentes e Fortalecendo as Escolas.
A mesa de abertura do evento, que foi fechada a convidados institucionais, aconteceu às 19h, na Urca, Rio de Janeiro, e contou com a palestra Pertinência, pertencimento, afiliação: conceitos da cultura institucional da educação em saúde, proferida pelo pesquisador da Universidade Federal da Bahia e membro do Conselho Superior da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) Naomar Monteiro de Almeida Filho. Nos dias 25, 26 e 27, as mesas aconteceram na ENSP. As palestras foram abertas a todos os interessados.
Segundo a pesquisadora da ENSP e coordenadora da Secretaria Executiva da Rede, Tânia Celeste Matos Nunes, a abertura também foi uma sessão de escuta de quatro secretarias do Ministério da Saúde - Secretaria de Atenção à Saúde (SAS), Secretaria de Gestão do Trabalho e da Educação em Saúde (Segts/MS), Secretaria de Vigilância em Saúde (SVS) e Secretaria de Gestão Estratégica e Participativa (Segep). Elas trouceram suas prioridades, suas expectativas em relação ao desdobramento das políticas por dentro das escolas, as possibilidades de colaboração das escolas às políticas no que se refere à formação de profissionais, entre outros. De acordo com Tânia, escola não é apenas para formar pessoas. "Ao formar pessoas, ela também debate a realidade do sistema e debate as conjunturas. Por isso, deve englobar essas nuances junto com a formação de pessoas. Esse também é o modelo que a ENSP trabalha", disse.
Tânia falou sobre a gestão da Rede de Escolas e Centros Formadores em Saúde Pública/Coletiva, suas perspectivas, a qualidade da oferta educativa do SUS, sua atuação internacional e seus processos de organização, reorganização e acreditação. Ela disse ainda que estes são os principais temas que foram debatidos durante o encontro.
A Rede está em seu oitavo encontro nacional. Qual a importância dessa articulação e qual é o panorama do atual momento da Rede?
Tânia Celeste:
Estamos em um momento muito especial de solidificação e extensão da Rede. É a solidificação também de um modelo de condução compartilhada, que, nesses últimos dois anos, foi experimentado e deu muito certo. Ele envolve dez escolas: a ENSP e mais nove escolas. Desde então, esse grupo se reúne a cada três meses e segue um regulamento próprio em que a formação desse grupo de condução muda em 50% a cada dois anos.
Também vivenciamos recentemente um momento de troca de governo, e isso acarreta, entre outras coisas, a troca de dirigentes das secretarias e de representantes dessas escolas e centros formadores. Além disso, tivemos a incorporação de novos atores e novas escolas à Rede. Até a próxima semana, acreditamos estar com cerca de 40 unidades trabalhando conosco. Isso comprova acertos na condução da Rede e leva a novas adesões. Esse é o nosso objetivo.
Com isso, neste evento, fizemos a recuperação de alguns temas historicamente importantes, porém de forma bastante sintética. Mas o nosso foco foi o avanço nas discussões sobre a convergência entre as pautas, a busca pela melhor performance das escolas e da organização da própria Rede.
Qual a importância desse grande movimento de formação nacional que tem sido apoiado e ancorado na ENSP como escola de referência?
Tânia Celeste: Temos algumas experiências bastante relevantes para a Rede, como o Curso Nacional de Qualificação de Gestores do SUS (CNQGS). A incorporação dessa formação, a dedicação e talento do grupo de coordenação do curso e o apoio de colegas da ENSP, do Ministério da Saúde, do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) e Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems) propiciaram à Rede um curso extremamente virtuoso.
Em um passado remoto, a Rede tinha cursos descentralizados, em uma cooperação da ENSP com os estados. Eles tinham outra dinâmica, mas já nos unia. Por isso, hoje identificamos o CNQGS não apenas como outro ciclo de necessidade do SUS, mas também como um curso que aproxima, une alunos, tutores, coordenadores e estados. A mediação tecnológica feita entre o grupo coordenador e os estados também tem funcionado de forma muito promissora. Ele é um balizador dentro da nossa Rede. Outra característica muito importante é que o Curso de Gestores proporcionou maior oportunidade de engajamento para as Escolas, tornando-as protagonistas no desdobramento desse trabalho em nível estadual. Eu identifico o curso como um acerto completamente imbricado com o fortalecimento da Rede.
Temos diversas outras iniciativas para o fortalecimento das escolas e do trabalho em rede. Todas elas são fruto de uma pesquisa que realizamos há cerca de três anos, com apoio da Secretaria de Gestão do Trabalho e da Educação em Saúde (Segts/MS). Nela, identificamos as fortalezas e debilidades das escolas e, a partir disso, começamos a trabalhar em iniciativas de fortalecimento. Entre as questões reveladas na pesquisa, percebemos a pouca quantidade de docentes nas escolas. Para avançar, essas escolas precisariam operar uma atualização dos profissionais já existentes, e assim fazer frente à modernização do ensino, das tecnologias e da renovação das gerações que pedem outra forma de ensinar e de aprender. Por isso, é claro que a formação docente é pauta principal entre as nossas discussões e em qualquer outro lugar do país, pois felizmente o Brasil resolveu dar visibilidade a essa discussão. E a nossa Rede também está 'antenada' nessa perspectiva de renovação de seus quadros de docentes.
Outras experiências apresentadas foram o Curso de Formação de Docentes em Vigilância da Saúde e o Programa de Qualificação e Estruturação da Gestão do Trabalho e da Educação no SUS (ProgeSus). Este último, coordenado pela professora Neuza Moysés, cobre o Brasil de norte a sul fazendo o engajamento com as escolas e a Rede. O Curso de Formação Docente foi feito de forma muito criativa, pois não se discute somente uma nova vigilância da saúde ou uma nova forma de fazer a vigilância da saúde, mas também uma nova forma de operar a docência na nossa rede de escolas.
Cada um tem suas características próprias. O importante a ser ressaltado nesse movimento de formação nacional é o apoio da ENSP. Ela está como âncora, estruturada como escola de referência, como uma instituição de saúde, de ciência e tecnologia, pois este é o nosso papel junto ao Ministério da Saúde. Vale destacar que as escolas têm sido muito ativas nisso. O sucesso não vem apenas do trabalho feito pela ENSP, mas sim de um movimento permanente de adesão e melhoria do ensino da saúde pública no Brasil. Esse é o embrião de um sistema nacional de formação, em que todos têm responsabilidades, cada um no seu papel. Nesse âmbito, esse aspecto, essa forma de se articular em rede ajuda muito que todos sejam sujeitos do processo, porém cada um com o seu papel, o seu tamanho e potencialidades.
Com esse movimento de crescimento e estruturação, acontece também o processo de acreditação da Rede. Qual é a importância disso?
Tânia Celeste: Nesse movimento, vem também a necessidade de melhor estruturação. Com isso, busca-se ainda um padrão de qualidade bastante diferenciado. Para tanto, duas estratégias estão sendo formuladas como dois grandes trilhos. Esses dois caminhos também são norteadores dos debates durante o VIII Encontro. A primeira é a gestão da escola. Buscamos uma gestão inovadora que se comunica com os agentes que interagem com a escola. Uma gestão positiva que busca pautas no sistema de saúde brasileiro e que se integra com a comunidade. Em nossa Rede, para definirmos isso, usamos o conceito 'Vida de Escola'. Um processo que leva ao progresso. É essa a gestão que teremos em 2011.
No outro trilho, vamos reconstruimos as bases de um projeto de acreditação pedagógica na Rede como um todo. Há cerca de dez anos, não tínhamos essa Rede organizada como temos hoje, mas já existia, desde 1975, uma relação da ENSP com os estados. Naquele momento, professores trocavam trabalhos e experiências com outras instituições parceiras. Muitos deles hoje estão na Rede conosco. Essa articulação tocou um projeto que alcançou o país inteiro, construindo as bases da acreditação possível para o lato sensu nas nossas escolas. Mas por problemas de ordem geral não foi possível prosseguir.
Agora, focados nesse processo de reorganização, fizemos um resgate histórico desse processo na Rede desde 1975. Encontramos isso em uma pesquisa realizada em 2010, em parceria com o Observatório de Recursos Humanos da Casa de Oswaldo Cruz (COC). Com isso, revivemos o trabalho da acreditação e recuperamos o tema para o trabalho. Houve uma grande convergência de esforços e também o incentivo permanente da Direção da ENSP. Vendo o estimulo dado à nossa escola, no que se refere à melhoria da performance através do processo de gestão, houve um encontro de pensamentos, forças e energia para que nós retomássemos essa pauta.
Já discutimos esse tema em um evento anterior, mas, nesse VIII Encontro, quizemos articular a acreditação com gestão escolar, e assim traçar caminhos de fortalecimento dessas escolas neste ano de 2011 e também para 2012. Sobre a acreditação, é importante ressaltar que, assim como no ciclo anterior, este é um processo lento, um processo de adesão voluntária das escolas. Para tanto, teremos que contar muito com dirigentes, docentes, funcionários e toda a estrutura das escolas. Essa não é uma pauta imediata, e sim de longo prazo.
E como tem se dado a questão da Rede Internacional?
Tânia Celeste: Aqui dentro da Fundação, essa importante iniciativa levantada pela Fiocruz tem se fortalecido com o apoio da ENSP. Podemos perceber isso nos dados positivos do processo de organização recente. Nós temos colaborado muito no espaço internacional e achamos conveniente que os nossos brasileiros possam ter conhecimento de como essas coisas estão se alinhando, pois, em algum momento, iremos nos juntar com os companheiros da América Latina, principalmente.
Também vivenciamos recentemente um momento de troca de governo, e isso acarreta, entre outras coisas, a troca de dirigentes das secretarias e de representantes dessas escolas e centros formadores. Além disso, tivemos a incorporação de novos atores e novas escolas à Rede. Até a próxima semana, acreditamos estar com cerca de 40 unidades trabalhando conosco. Isso comprova acertos na condução da Rede e leva a novas adesões. Esse é o nosso objetivo.
Com isso, neste evento, fizemos a recuperação de alguns temas historicamente importantes, porém de forma bastante sintética. Mas o nosso foco foi o avanço nas discussões sobre a convergência entre as pautas, a busca pela melhor performance das escolas e da organização da própria Rede.
Qual a importância desse grande movimento de formação nacional que tem sido apoiado e ancorado na ENSP como escola de referência?
Tânia Celeste: Temos algumas experiências bastante relevantes para a Rede, como o Curso Nacional de Qualificação de Gestores do SUS (CNQGS). A incorporação dessa formação, a dedicação e talento do grupo de coordenação do curso e o apoio de colegas da ENSP, do Ministério da Saúde, do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) e Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems) propiciaram à Rede um curso extremamente virtuoso.
Em um passado remoto, a Rede tinha cursos descentralizados, em uma cooperação da ENSP com os estados. Eles tinham outra dinâmica, mas já nos unia. Por isso, hoje identificamos o CNQGS não apenas como outro ciclo de necessidade do SUS, mas também como um curso que aproxima, une alunos, tutores, coordenadores e estados. A mediação tecnológica feita entre o grupo coordenador e os estados também tem funcionado de forma muito promissora. Ele é um balizador dentro da nossa Rede. Outra característica muito importante é que o Curso de Gestores proporcionou maior oportunidade de engajamento para as Escolas, tornando-as protagonistas no desdobramento desse trabalho em nível estadual. Eu identifico o curso como um acerto completamente imbricado com o fortalecimento da Rede.
Temos diversas outras iniciativas para o fortalecimento das escolas e do trabalho em rede. Todas elas são fruto de uma pesquisa que realizamos há cerca de três anos, com apoio da Secretaria de Gestão do Trabalho e da Educação em Saúde (Segts/MS). Nela, identificamos as fortalezas e debilidades das escolas e, a partir disso, começamos a trabalhar em iniciativas de fortalecimento. Entre as questões reveladas na pesquisa, percebemos a pouca quantidade de docentes nas escolas. Para avançar, essas escolas precisariam operar uma atualização dos profissionais já existentes, e assim fazer frente à modernização do ensino, das tecnologias e da renovação das gerações que pedem outra forma de ensinar e de aprender. Por isso, é claro que a formação docente é pauta principal entre as nossas discussões e em qualquer outro lugar do país, pois felizmente o Brasil resolveu dar visibilidade a essa discussão. E a nossa Rede também está 'antenada' nessa perspectiva de renovação de seus quadros de docentes.
Outras experiências apresentadas foram o Curso de Formação de Docentes em Vigilância da Saúde e o Programa de Qualificação e Estruturação da Gestão do Trabalho e da Educação no SUS (ProgeSus). Este último, coordenado pela professora Neuza Moysés, cobre o Brasil de norte a sul fazendo o engajamento com as escolas e a Rede. O Curso de Formação Docente foi feito de forma muito criativa, pois não se discute somente uma nova vigilância da saúde ou uma nova forma de fazer a vigilância da saúde, mas também uma nova forma de operar a docência na nossa rede de escolas.
Cada um tem suas características próprias. O importante a ser ressaltado nesse movimento de formação nacional é o apoio da ENSP. Ela está como âncora, estruturada como escola de referência, como uma instituição de saúde, de ciência e tecnologia, pois este é o nosso papel junto ao Ministério da Saúde. Vale destacar que as escolas têm sido muito ativas nisso. O sucesso não vem apenas do trabalho feito pela ENSP, mas sim de um movimento permanente de adesão e melhoria do ensino da saúde pública no Brasil. Esse é o embrião de um sistema nacional de formação, em que todos têm responsabilidades, cada um no seu papel. Nesse âmbito, esse aspecto, essa forma de se articular em rede ajuda muito que todos sejam sujeitos do processo, porém cada um com o seu papel, o seu tamanho e potencialidades.
Com esse movimento de crescimento e estruturação, acontece também o processo de acreditação da Rede. Qual é a importância disso?
Tânia Celeste: Nesse movimento, vem também a necessidade de melhor estruturação. Com isso, busca-se ainda um padrão de qualidade bastante diferenciado. Para tanto, duas estratégias estão sendo formuladas como dois grandes trilhos. Esses dois caminhos também são norteadores dos debates durante o VIII Encontro. A primeira é a gestão da escola. Buscamos uma gestão inovadora que se comunica com os agentes que interagem com a escola. Uma gestão positiva que busca pautas no sistema de saúde brasileiro e que se integra com a comunidade. Em nossa Rede, para definirmos isso, usamos o conceito 'Vida de Escola'. Um processo que leva ao progresso. É essa a gestão que teremos em 2011.
No outro trilho, vamos reconstruimos as bases de um projeto de acreditação pedagógica na Rede como um todo. Há cerca de dez anos, não tínhamos essa Rede organizada como temos hoje, mas já existia, desde 1975, uma relação da ENSP com os estados. Naquele momento, professores trocavam trabalhos e experiências com outras instituições parceiras. Muitos deles hoje estão na Rede conosco. Essa articulação tocou um projeto que alcançou o país inteiro, construindo as bases da acreditação possível para o lato sensu nas nossas escolas. Mas por problemas de ordem geral não foi possível prosseguir.
Agora, focados nesse processo de reorganização, fizemos um resgate histórico desse processo na Rede desde 1975. Encontramos isso em uma pesquisa realizada em 2010, em parceria com o Observatório de Recursos Humanos da Casa de Oswaldo Cruz (COC). Com isso, revivemos o trabalho da acreditação e recuperamos o tema para o trabalho. Houve uma grande convergência de esforços e também o incentivo permanente da Direção da ENSP. Vendo o estimulo dado à nossa escola, no que se refere à melhoria da performance através do processo de gestão, houve um encontro de pensamentos, forças e energia para que nós retomássemos essa pauta.
Já discutimos esse tema em um evento anterior, mas, nesse VIII Encontro, quizemos articular a acreditação com gestão escolar, e assim traçar caminhos de fortalecimento dessas escolas neste ano de 2011 e também para 2012. Sobre a acreditação, é importante ressaltar que, assim como no ciclo anterior, este é um processo lento, um processo de adesão voluntária das escolas. Para tanto, teremos que contar muito com dirigentes, docentes, funcionários e toda a estrutura das escolas. Essa não é uma pauta imediata, e sim de longo prazo.
E como tem se dado a questão da Rede Internacional?
Tânia Celeste: Aqui dentro da Fundação, essa importante iniciativa levantada pela Fiocruz tem se fortalecido com o apoio da ENSP. Podemos perceber isso nos dados positivos do processo de organização recente. Nós temos colaborado muito no espaço internacional e achamos conveniente que os nossos brasileiros possam ter conhecimento de como essas coisas estão se alinhando, pois, em algum momento, iremos nos juntar com os companheiros da América Latina, principalmente.
"SEMINÁRIO APRESENTA DADOS DE ESTUDO DA SAÚDE DO ADULTO"
Nos dias 7 e 8 de junho, a ENSP, por meio do Estudo Longitudinal da Saúde do Adulto (Elsa-Brasil), realizará o I Seminário do Centro de Informações Contextuais (CIC) do Elsa-Brasil. A atividade será aberta na terça-feira (7/6) com a mesa-redonda Análises Contextuais de Doenças Crônicas Não-Transmissíveis: conceitos, métodos e indicadores, às 13h30, no salão internacional da ENSP, e terá sequência na quarta-feira (8/6) com oficina de trabalho para aprofundar a discussão sobre possibilidades de análises contextuais com os dados do Elsa. O CIC - Elsa Brasil realiza ações de apoio aos pesquisadores Elsa e colaboradores em análises de contexto, com base nas informações do estudo, e aos que necessitem georreferenciar informações contextuais de interesse no projeto. A mesa-redonda será aberta a todos os interessados.
A mesa Análises Contextuais de Doenças Crônicas Não-Transmissíveis: conceitos, métodos e indicadores será mediada pela coordenadora do Elsa-Brasil e pesquisadora da ENSP/Fiocruz, Dóra Chor, e contará com a presença do coordenador do Observatório de Saúde Urbana (UFMG), Fernando Proietti, do coordenador do Observatório de Saúde e Ambiente (Icict/Fiocruz), Christovam Barcellos, da coordenadora do CIC - Elsa Brasil, Simone Santos, e da coordenadora do grupo de pesquisa em Modelagem em Saúde e Ambiente (Procc/Fiocruz) e pesquisadora da ENSP/Fiocruz, Marília Sá Carvalho.
De acordo com Simone Santos, que também é pesquisadora do departamento de Epidemiologia e Métodos Quantitativos da ENSP, os objetivos principais desta atividade buscam apresentar e discutir as concepções teóricas e metodológicas que embasam os estudos sobre a influência de fatores contextuais nas doenças crônicas. Sobre a oficina do dia 8 de junho, a coordenadora do CIC afirma que o encontro terá a participação de pesquisadores que atuam nas áreas de determinantes contextuais de saúde, produtores e usuários de dados secundários populacionais e ou geográficos (psicossociais e ambientais), e também que dominem metodologias úteis para análises de interesse. "Espero que, ao final da oficina, possam ser identificadas possibilidades de análise, indicadores e métodos a serem utilizados para oferecer contribuições originais quanto ao papel dos fatores contextuais nos desfechos de saúde no Brasil a partir de dados do Elsa", esclareceu.
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Sessões Científicas
Seminário apresenta dados de estudo da saúde do adulto
ENSP, publicada em 24/05/2011Nos dias 7 e 8 de junho, a ENSP, por meio do Estudo Longitudinal da Saúde do Adulto (Elsa-Brasil), realizará o I Seminário do Centro de Informações Contextuais (CIC) do Elsa-Brasil. A atividade será aberta na terça-feira (7/6) com a mesa-redonda Análises Contextuais de Doenças Crônicas Não-Transmissíveis: conceitos, métodos e indicadores, às 13h30, no salão internacional da ENSP, e terá sequência na quarta-feira (8/6) com oficina de trabalho para aprofundar a discussão sobre possibilidades de análises contextuais com os dados do Elsa. O CIC - Elsa Brasil realiza ações de apoio aos pesquisadores Elsa e colaboradores em análises de contexto, com base nas informações do estudo, e aos que necessitem georreferenciar informações contextuais de interesse no projeto. A mesa-redonda será aberta a todos os interessados.
A mesa Análises Contextuais de Doenças Crônicas Não-Transmissíveis: conceitos, métodos e indicadores será mediada pela coordenadora do Elsa-Brasil e pesquisadora da ENSP/Fiocruz, Dóra Chor, e contará com a presença do coordenador do Observatório de Saúde Urbana (UFMG), Fernando Proietti, do coordenador do Observatório de Saúde e Ambiente (Icict/Fiocruz), Christovam Barcellos, da coordenadora do CIC - Elsa Brasil, Simone Santos, e da coordenadora do grupo de pesquisa em Modelagem em Saúde e Ambiente (Procc/Fiocruz) e pesquisadora da ENSP/Fiocruz, Marília Sá Carvalho.
De acordo com Simone Santos, que também é pesquisadora do departamento de Epidemiologia e Métodos Quantitativos da ENSP, os objetivos principais desta atividade buscam apresentar e discutir as concepções teóricas e metodológicas que embasam os estudos sobre a influência de fatores contextuais nas doenças crônicas. Sobre a oficina do dia 8 de junho, a coordenadora do CIC afirma que o encontro terá a participação de pesquisadores que atuam nas áreas de determinantes contextuais de saúde, produtores e usuários de dados secundários populacionais e ou geográficos (psicossociais e ambientais), e também que dominem metodologias úteis para análises de interesse. "Espero que, ao final da oficina, possam ser identificadas possibilidades de análise, indicadores e métodos a serem utilizados para oferecer contribuições originais quanto ao papel dos fatores contextuais nos desfechos de saúde no Brasil a partir de dados do Elsa", esclareceu.
Elsa - Brasil
O Estudo Longitudinal de Saúde do Adulto (Elsa-Brasil) está sendo conduzido em 6 instituições públicas federais, com 15 mil voluntários entre 35 e 74 anos, devendo ter duração de pelo menos dez anos. Na Fiocruz, 2 mil servidores farão parte desta etapa do estudo. A pesquisa está sendo desenvolvida por um consórcio de instituições de ensino e pesquisa nas regiões Nordeste, Sul e Sudeste: Fundação Oswaldo Cruz (Rio de Janeiro), Universidade de São Paulo (USP) e as universidades federais da Bahia (UFBA), Espírito Santo (Ufes), Minas Gerais (UFMG) e Rio Grande do Sul (UFRGS).
Centro de Informações Contextuais CIC - Elsa Brasil
O Centro de Informações Contextuais (CIC - Elsa-Brasil) está sediado no Centro de Investigação Elsa do Rio de Janeiro, na Fiocruz. Sua coordenação está sob responsabilidade de Simone Santos pesquisadora visitante do Demqs/ENSP e apoiará os pesquisadores Elsa e colaboradores em análises de contexto, com base nas informações do ELSA, e os que necessitem georreferenciar informações contextuais de interesse.
O CIC-Elsa desenvolverá as etapas necessárias para possibilitar a investigação de associações entre características contextuais de vizinhança e doenças cardiovasculares e diabetes no âmbito do Estudo Longitudinal da Saúde do Adulto (Elsa). Especificamente, executará o georreferenciamento da base de dados Elsa, as análises estatísticas espaciais e de Sistemas de Informações Geográficas necessárias para a delimitação de vizinhanças de moradia dos participantes Elsa, propiciando análises multinível com informações características dessas vizinhanças no nível contextual. Além disso, o CIC pretende, em médio prazo, estruturar um 'diretório de dados contextuais' de interesse para a área. O CIC terá ainda o papel de reunir e divulgar pesquisas com enfoque nas relações entre determinantes contextuais e doenças crônicas, especialmente as cardiovasculares e diabetes.
Elsa - Brasil
quarta-feira, 25 de maio de 2011
"ENTENDA O QUE MUDA COM O NOVO CÓDIGO FLORESTAL"
O plenário da Câmara dos Deputados aprovou o Relatório Rebelo instituindo um novo Código Florestal brazuca. O texto legaliza o uso de algumas APPs já ocupadas com produção agrícola desde que essa antropização tenha ocorrido antes de 22 de julho de 2008. O texto, que ainda será votado pelo Senado, revoga o código em vigor. O texto-base do relator, deputado Aldo Rebelo, foi aprovado por 410 votos a 63 e 1 abstenção.Uma emenda ao texto, aprovada por 273 votos a 182, dá aos estados, por meio de um Programa de Regularização Ambiental (PRA), o poder de estabelecer, após avaliação pelo órgão ambiental estadual, outras atividades agrícolas que não precisem ser removidas das APPs. As hipóteses de uso do solo por atividade de utilidade pública, interesse social ou de baixo impacto serão previstas em lei e, em todos os casos, devem ser observados critérios técnicos de conservação do solo e da água.O dia 22 de julho de 2008 estabelecido como ponto de corte no texto aprovado é a data de publicação do segundo decreto (6.514/08) que regulamentou as infrações contra o meio ambiente com base na Lei 9.605/98.Proteção nos rios As faixas de proteção nas margens dos rios continuam exatamente as mesmas da lei vigente hoje (30 a 500 metros dependendo da largura do rio), mas passam a ser medidas a partir do leito regular e não do leito maior nos períodos de cheia. A exceção é para os rios estreitos com até dez metros de largura, para os quais o novo texto permitiu, para aquelas margens de rio totalmente desmatadas, a recomposição de 15 metros. Ou seja, para rios de até 10m de largura onde a APP está preservada continua valendo o limite de 30m; para rios totalmente sem mata ciliar o produtor ainda está obrigado a recompor 15m.Nas APPs de topo de morros, montes e serras com altura mínima de 100 metros e inclinação superior a 25°, o novo código permite a manutenção de culturas de espécies lenhosas (uva, maçã, café) ou de atividades silviculturais, assim como a infraestruturar física associada a elas. Isso vale também para os locais com altitude superior a 1,8 mil metros.Anistia e regularização A imprensa está divulgando que o projeto “anistia desmatadores”, mas isso é uma inverdade. O que há no projeto é um incentivo à regularização ambiental de imóveis rurais. Aqueles proprietário tiverem multas, mas que decidirem regularizar seu imóvel recuperando as APPs e a Reserva Legal terão a multa suspensa. De acordo com o projeto aprovado, para fazer juiz a essa suspensão, o proprietário rural deverá procurar o Órgão Ambiental e aderir ao Programa de Regularização Ambiental (PRA), a ser instituído pela União e pelos estados. Os interessados terão um ano para aderir, mas esse prazo só começará a contar a partir da criação do Cadastro Ambiental Rural (CAR), o que deverá ocorrer em até 90 dias da publicação da futura lei. Todos os imóveis rurais deverão se cadastrar.Título executivo Quando aderir ao PRA, o proprietário que produz alimentos em área superior ao permitido terá de assinar um termo de adesão e compromisso, no qual deverão estar especificados os procedimentos de recuperação exigidos pelo novo código. Dentro de um ano a partir da criação do cadastro e enquanto estiver cumprindo o termo de compromisso, o proprietário não poderá ser autuado novamente.Caso os procedimentos sejam descumpridos, o termo de adesão funcionará como um título executivo extrajudicial para exigir as multas suspensas.Para os pequenos proprietários e os agricultores familiares, o Poder Público deverá criar um programa de apoio financeiro destinado a promover a manutenção e a recomposição de APP e de reserva legal. O apoio poderá ser, inclusive, por meio de pagamento por serviços ambientais.Texto mantém índices de reserva legal, mas permite usar APPs no cálculo De acordo com o texto aprovado, os proprietários que explorem em regime familiar terras de até quatro módulos fiscais poderão manter, para efeito da reserva legal, a área de vegetação nativa existente em 22 de julho de 2008.Na regra geral, o tamanho das Reservas Legais continua exatamente os mesmos exigidos no código em vigor: 80% nas áreas de floresta da Amazônia; 35% nas áreas de Cerrado; 20% em campos gerais e demais regiões do País. Quando indicado pelo Zoneamento Ecológico-Econômico (ZEE) do estado, o Executivo federal poderá reduzir, para fins de regularização da áreas agrícolas consolidadas, a reserva exigida na Amazônia. O Ministério do ½ Ambiente e o Conselho Nacional do ½ Ambiente (CONAMA) não precisam mais ser ouvidos, como prevê a lei em vigor.APP conta como Reserva Legal Para definir a área destinada à reserva legal, o proprietário poderá considerar integralmente a área de preservação permanente (APP) no cálculo se isso não provocar novo desmatamento, se a APP estiver conservada ou em recuperação e se o imóvel estiver registrado no Cadastro Ambiental Rural (CAR).Formas de regularização das RLs O texto aprovado permite a regularização da reserva legal de várias formas, mesmo sem adesão ao Programa de Regularização Ambiental (PRA).Se o proprietário do imóvel optar por recompor a vegetação no próprio imóvel, isso poderá ocorrer em até 20 anos segundo critérios do órgão ambiental. O replantio poderá ser feito com espécies nativas e exóticas, em sistema agro florestal. As exóticas não poderão ocupar mais de 50% do total da área a recuperar e a reserva poderá ser explorada economicamente por meio de plano de manejo.O proprietário poderá também permitir a regeneração natural da vegetação dentro do imóvel ou compensar a área a recompor doando outra área ao Poder Público que esteja localizada em unidade de conservação de domínio público pendente de regularização fundiária. Admite-se ainda contribuição para fundo público, respeitados os critérios do regulamento, e a compra de Cota de Reserva Ambiental (CRA). As áreas que forem usadas para compensar a reserva devem ter extensão igual ao trecho compensado e estarem localizadas no mesmo bioma da reserva, ainda que em outro estado. Retroatividade O texto aprovado garante a irretroatividade da lei. Aqueles que mantinham reserva legal em percentuais menores, exigidos pela lei em vigor à época, ficarão isentos de recompor a área segundo os índices exigidos atualmente. Quem abriu 50% do seu imóvel na Amazônia quando a lei permitia não estará mais obrigado a atender a exigência de 80%.Cota de reserva Quem tiver Reserva Legal em excesso poderá emitir a Cota de Reserva Ambiental (CRA). Essa Cota será um título que representará o mesmo tamanho da área que deveria ser recomposta. A emissão da cota será feita pelo órgão ambiental a pedido do dono da terra preservada com vegetação nativa ou recomposta em área excedente à reserva legal devida em sua propriedade. Esse título poderá ser cedido ou vendido a outro proprietário que tenha déficit de reserva legal. O proprietário da terra que pedir a emissão do CRA será responsável pela preservação, podendo fazer um plano de manejo florestal sustentável para explorar a área. A CRA somente poderá ser cancelada a pedido do proprietário que pediu sua emissão ou por decisão do órgão ambiental no caso de degradação da vegetação nativa vinculada ao título. O texto prevê também que a cota usada para compensar reserva legal só poderá ser cancelada se for assegurada outra reserva para o imóvel.Plano de manejo será exigido para exploração de florestas nativasO texto aprovado exige licenciamento ambiental para exploração de florestas nativas com base em um Plano de Manejo Florestal Sustentável (PMFS) do qual devem constar mecanismos de controle dos cortes, da regeneração e do estoque existente. Estão isentos do PMFS o corte autorizado para uso do solo pela agropecuária, o manejo de florestas plantadas fora da reserva legal e a exploração não comercial realizada pelas pequenas propriedades e agricultores familiares.Empresas industriaisAs indústrias que utilizem grande quantidade de matéria-prima florestal deverão elaborar um Plano de Suprimento Sustentável (PSS) com indicação das áreas de origem da matéria-prima e cópia do contrato de fornecimento. O PSS de empresas siderúrgicas, metalúrgicas e outras que consumam grande quantidade de carvão vegetal ou lenha deverá prever o uso exclusivo de florestas plantadas.O texto determina que a sociedade terá acesso público, pela internet, a um sistema que integre dados estaduais sobre o controle da origem da madeira, do carvão e de outros subprodutos florestais.Áreas urbanas Os assentamentos em área urbana consolidada que ocupem área de preservação permanente (APP), como o Palácio do Planalto, o Estádio do Beira Rio e Cristo Redentor, por exemplo, serão regularizados com a aprovação de um projeto de regularização fundiária, contanto que não estejam em áreas de risco.Além de um diagnóstico da região, o processo para legalizar a ocupação perante o órgão ambiental deverá identificar as unidades de conservação, as áreas de proteção de mananciais e as faixas de APP que devem ser recuperadas.Reservatórios de água Para APPs em reservatórios de água, o projeto estipula tratamento diferenciado conforme o tamanho ou o tipo (natural ou artificial). No caso de lagoas naturais ou artificiais com menos de um hectare, será dispensada a área de proteção permanente. A medida tenta dar solução para os pequenos açudes construídos em imóveis rurais com objetivo de dessedentação de animais. Os reservatórios artificiais formados por represamento em zona rural deverão manter APP de 15 metros, no mínimo, caso não sejam usados para abastecimento público ou geração de energia elétrica e tenham até 20 hectares de superfície. Naqueles usados para abastecimento ou geração de energia, a APP deverá ser de30 a 100 metros em área rural e de 15 a 50 metros em área urbana.