O maior controle sobre as armas de fogo e campanhas do desarmamento contribuíram para a prevenção de homicídios em São Paulo e no Rio de Janeiro, tornando-se, assim, referências para ações de prevenção de homicídios e crimes violentos no âmbito local. A conclusão consta no Estudo Global sobre Homicídios, divulgado recentemente pelo Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (UNODC). A Semana Mundial do Desarmamento foi celebrada desde 22 de outubro até 30 Dde outubro.
De acordo com o Instituto Sou da Paz, só na última década, a capital paulista registrou queda de 80% nos seus níveis de homicídios: enquanto a taxa de homicídios era de 52,6 por 100 mil habitantes em 1999, em 2010 passou a ser 10,6. Tal redução, segundo a entidade, "resulta do investimento em inteligência policial, tecnologia e policiamento comunitário, investimentos em prevenção, mudanças na demografia e, sobretudo, um bem sucedido programa de controle de armas implementado pelas polícias e pela Guarda Civil Metropolitana".
“Os níveis de homicídios podem variar muito dentro e em certas áreas de um país. Áreas próximas às fronteiras nacionais ou na vizinhança de locais onde acontece a produção e o tráfico de drogas, por exemplo, são frequentemente afetadas por taxas de homicídios mais altas, como acontece em alguns países da América Central. Cidades grandes e áreas densamente povoadas representam outra área de risco para crimes violentos", revela o estudo.
Enquanto ambientes urbanos podem oferecer elementos de proteção, como melhor policiamento e acesso mais rápido a serviços médicos, em muitos países, as taxas de homicídios nas cidades muito populosas são mais altas do que no restante do país. Essa pode ser a consequência de uma série de fatores tanto de natureza social (desigualdade, segregação, pobreza), como criminológica (mais mercados de drogas, anonimato).
"No caso brasileiro, a experiência recente de São Paulo, cidade mais populosa do país, apresenta possibilidades para a prevenção e redução do crime violento no contexto urbano. Maior controle sobre as armas de fogo, juntamente com campanhas de desarmamento, foram implementados no Brasil para reduzir os níveis de crimes -em particular, homicídios", ressalta o documento.
Em nível nacional, tais medidas provavelmente contribuíram para um leve declínio nas taxas de homicídio após 2004, mas o impacto foi claramente mais forte em São Paulo. As tendências claramente diferentes das taxas de homicídios em São Paulo e no Rio de Janeiro mostram que tais políticas de prevenção do crime podem fazer uma diferença real no nível local - Estudo Global sobre Homicídios (UNODC).
Religiões unidas pelo desarmamento
Em São Paulo, maior cidade brasileira, uma das principais campanhas é a organizada pelo Instituto Sou da Paz que, em parceria com as organizações da sociedade civil e órgãos públicos, articulou a criação e está coordenando a implementação do Plano de Controle de Armas da Cidade de São Paulo, com o objetivo de reduzir o índice de homicídios. A iniciativa disponibiliza, através de um site, o mapa dos postos de recolhimento das armas.
Os principais objetivos do plano são:
Melhorar a gestão do controle de armas e munições;
Melhorar a qualidade e a transparência das informações sobre o controle de armas e munições;
Reduzir estoques de armas de fogo e munições;
Garantir a proteção dos arsenais;
Ter maior rigor na fiscalização de categorias vulneráveis ao desvio de armas;
Articular demandas com outros níveis de governo;
Estimular que as pessoas não tenham armas de fogo;
Reduzir fatores de risco relativos à violência armada (promovendo sensibilizações sobre associação entre álcool e armas, sobre métodos alternativos de resolução de conflitos).
No dia 21 de outubro foi lançado na Prefeitura de São Paulo a Campanha Religiões Unidas pelo Desarmamento, que conta com representantes da igreja católica, evangélica, adeptos do budismo, judaísmo, candomblé e hare krishna, além de grupos como a Casa das Religiões Unidas, o Conpaz, a Federação para a Paz Universal e a URI, o poder público e a sociedade civil.
Esta parceria teve por objetivo conscientizar os paulistanos sobre os perigos das armas de fogo e mobilizá-los para a entrega voluntária de armas e munições.
De acordo com o Instituto Sou da Paz, só na última década, a capital paulista registrou queda de 80% nos seus níveis de homicídios: enquanto a taxa de homicídios era de 52,6 por 100 mil habitantes em 1999, em 2010 passou a ser 10,6. Tal redução, segundo a entidade, "resulta do investimento em inteligência policial, tecnologia e policiamento comunitário, investimentos em prevenção, mudanças na demografia e, sobretudo, um bem sucedido programa de controle de armas implementado pelas polícias e pela Guarda Civil Metropolitana".
“Os níveis de homicídios podem variar muito dentro e em certas áreas de um país. Áreas próximas às fronteiras nacionais ou na vizinhança de locais onde acontece a produção e o tráfico de drogas, por exemplo, são frequentemente afetadas por taxas de homicídios mais altas, como acontece em alguns países da América Central. Cidades grandes e áreas densamente povoadas representam outra área de risco para crimes violentos", revela o estudo.
Enquanto ambientes urbanos podem oferecer elementos de proteção, como melhor policiamento e acesso mais rápido a serviços médicos, em muitos países, as taxas de homicídios nas cidades muito populosas são mais altas do que no restante do país. Essa pode ser a consequência de uma série de fatores tanto de natureza social (desigualdade, segregação, pobreza), como criminológica (mais mercados de drogas, anonimato).
"No caso brasileiro, a experiência recente de São Paulo, cidade mais populosa do país, apresenta possibilidades para a prevenção e redução do crime violento no contexto urbano. Maior controle sobre as armas de fogo, juntamente com campanhas de desarmamento, foram implementados no Brasil para reduzir os níveis de crimes -em particular, homicídios", ressalta o documento.
Em nível nacional, tais medidas provavelmente contribuíram para um leve declínio nas taxas de homicídio após 2004, mas o impacto foi claramente mais forte em São Paulo. As tendências claramente diferentes das taxas de homicídios em São Paulo e no Rio de Janeiro mostram que tais políticas de prevenção do crime podem fazer uma diferença real no nível local - Estudo Global sobre Homicídios (UNODC).
Religiões unidas pelo desarmamento
Em São Paulo, maior cidade brasileira, uma das principais campanhas é a organizada pelo Instituto Sou da Paz que, em parceria com as organizações da sociedade civil e órgãos públicos, articulou a criação e está coordenando a implementação do Plano de Controle de Armas da Cidade de São Paulo, com o objetivo de reduzir o índice de homicídios. A iniciativa disponibiliza, através de um site, o mapa dos postos de recolhimento das armas.
Os principais objetivos do plano são:
Melhorar a gestão do controle de armas e munições;
Melhorar a qualidade e a transparência das informações sobre o controle de armas e munições;
Reduzir estoques de armas de fogo e munições;
Garantir a proteção dos arsenais;
Ter maior rigor na fiscalização de categorias vulneráveis ao desvio de armas;
Articular demandas com outros níveis de governo;
Estimular que as pessoas não tenham armas de fogo;
Reduzir fatores de risco relativos à violência armada (promovendo sensibilizações sobre associação entre álcool e armas, sobre métodos alternativos de resolução de conflitos).
No dia 21 de outubro foi lançado na Prefeitura de São Paulo a Campanha Religiões Unidas pelo Desarmamento, que conta com representantes da igreja católica, evangélica, adeptos do budismo, judaísmo, candomblé e hare krishna, além de grupos como a Casa das Religiões Unidas, o Conpaz, a Federação para a Paz Universal e a URI, o poder público e a sociedade civil.
Esta parceria teve por objetivo conscientizar os paulistanos sobre os perigos das armas de fogo e mobilizá-los para a entrega voluntária de armas e munições.
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