O pintor Candido Portinari foi o grande homenageado do Grêmio Recreativo Escola de Samba Mocidade Independente de Padre Miguel, no desfile do último domingo (19), na Passarela do Samba "Sambódromo". Com o enredo "Por ti, Portinari: Rompendo a Tela, à Realidade", o carnavalesco Alexandre Louzada retratou as diversas obras do artista que nasceu e viveu parte de sua vida em Brodowski.
Nossa querida Mocidade colocou a trajetória de Portinari na avenida, além de algumas de suas principais obras. A comissão de frente estava toda de branco, representando o esboço das telas de pintura. Um grafiteiro fazia a assinatura de Portinari por trás de um quadro branco, representando o próprio pintor assinando sua obra na avenida.
A ala Aquarela começou a dar cor ao desfile, fazendo uma alusão às cores das tintas sobre as telas em branco. Imponente, o pintor Candido Portinari vinha representado em forma de uma enorme escultura, balançando seu pincel, como se estivesse pintando a Sapucaí.
Além da escultura do pintor, o carro abre-alas "Por ti, Portinari - o Universo", todo branco e prateado coberto de espelhos com mais de 20 metros de comprimento, trazia uma iluminação feita em LED, que alternava as cores conforme o enredo.
"O carro abre-alas chamou muito a atenção, porque mudava de cores e dava para ver de longe a imensa alegoria", comentou a gerente do museu Casa de Portinari, Cristiane Maria Patrici, que assistiu aos desfiles na arquibancada da Sapucaí.
Espantalho
Outro destaque no desfile da Mocidade foi um tripé que representava um enorme espantalho, figura que Portinari colocou em muitas de suas obras. A segunda alegoria era composta por três obras importantes do pintor: "Café", "O Mestiço" e "O Lavrador de Café", relembrando os imigrantes italianos que chegaram ao interior de São Paulo no final do século 19, que trabalharam na colheita do café.
A igrejinha da Pampulha, localizada em Belo Horizonte, projetada por Oscar Niemeyer e decorada por Portinari, foi o destaque da quarta alegoria do desfile. Os quadros "Criança Morta" e "Retirantes" foram representados pelo quinto carro alegórico, "Êxodo Sertanejo". "Os elementos que compõem a obra do Portinari estavam em plena harmonia, o colorido ficou bastante evidente", acrescenta Cristiane.
Dom Quixote
A sexta alegoria "Dom Quixote Riscando Poesia em Lápis", mostrou as ilustrações de Portinari, com um enorme cavalo do personagem do livro de Miguel de Cervantes todo pintado à mão e rabiscado com giz de cera e lápis de cor. A época em que o pintor viveu no Rio de Janeiro também foi retratada na avenida para mostrar os morros cariocas. "O Morro - Retrato da Vida Real" trazia os membros da velha guarda da Mocidade.
O painel "Guerra e Paz", feita para a sede da Organização das Nações Unidas (ONU), foi representado pela ala das baianas que estavam de branco e também pelo último carro alegórico. Foi emocionante ver o último carro alegórico, porque a paz se sobressaia em meio à guerra. As baianas formavam um verdadeiro mar de paz, todos nós concordamos.
A bateria também chamou atenção pelas cores. O carnavalesco Alexandre Louzada, que chegou a visitar o museu do pintor em Brodowski para conhecer o lugar onde nasceu o artista, quis transformar os componentes em pincéis. O desfile foi bastante fiel dentro do enredo proposto, fazendo uma releitura bem contemporânea da obra de Portinari. O clima estava contagiante e emocionante.
VAMOS AGUARDAR AGORA A HONESTIDADE E O RECONHECIMENTO QUE NOSSA ESCOLA HÁ MUITOS ANOS ESPERA DOS SENHORES JURADOS, POIS DA POPULAÇÃO JÁ FOMOS RECONHECIDOS!!!
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