A higienização das mãos sempre foi considerada uma medida básica para o cuidado ao paciente. Desde o estudo de Semmelweis, no século XIX, as mãos dos profissionais de saúde vêm sendo implicadas como fonte de transmissão de micro-organismos no ambiente hospitalar. A contaminação das mãos dos profissionais de saúde pode ocorrer durante o contato direto com o paciente ou por meio do contato indireto, com produtos e equipamentos ao seu redor (ELIAS, 2006).
Martins (2001) considera as infecções relacionadas à assistência à saúde como qualquer infecção adquirida após a admissão do paciente no hospital, que se manifesta no período de internação ou pós-alta, se puder ser relacionada à hospitalização. Conforme ainda descreve o autor, quando não é conhecido o período de incubação de um microrganismo e não há evidencia clínica ou laboratorial de infecção no momento da internação, considera-se infecção hospitalar aquela manifestada após 72 horas da admissão. Também são hospitalares aquelas infecções relacionadas a procedimentos invasivos, independentemente do momento da manifestação, bem como as infecções nos recém-nascidos, exceto as congênitas.
Atualmente, os profissionais que trabalham nas instituições de saúde necessitam ter conhecimento sobre a verdadeira importância da lavagem das mãos e sua correta higienização. Essa medida está relacionada às boas práticas de higiene do ambiente e possibilita ao paciente proteção contra as infecções, durante todo o período de internação, já que as infecções hospitalares estão presentes no cotidiano do trabalho de enfermagem e são sempre apresentadas como um risco (FELIX e MIYADAHIRA, 2009).
A higienização das mãos é a medida individual mais simples e menos dispendiosa para prevenir a propagação das infecções relacionadas à assistência à saúde. Consiste na fricção manual rigorosa de toda a superfície das mãos e punho, utilizando-se sabão/detergente, seguida de enxágue abundante de água corrente. Essa medida visa à remoção da maioria dos microorganismos da flora transitória de células descamativas como pelos, suor, sujidade e oleosidade (BRASIL, 2007; BLOM e LIMA, 2003; FERNANDES e FERNANDES, 2000).
Felix e Miyadahira (2009) afirmam que a lavagem das mãos é um procedimento essencial e necessário antes de prestar assistência ao cliente ou realizar qualquer atividade que exija condições de higiene e limpeza, tal como a preparação de medicamentos. É necessária para a prevenção da propagação de infecções e impedir a disseminação de microorganismos entre os pacientes.
A necessidade da higienização das mãos é reconhecida também pelo governo brasileiro, quando inclui recomendações para esta prática no Anexo IV, da Portaria 2616/98, do Ministério da Saúde, que instrui sobre o Programa de Controle de Infecções Hospitalares nos estabelecimentos de assistência à saúde no País. A importância deste tema fica ainda mais destacada quando se verificou que diversas regulamentações internacionais e manuais, elaboradas por associações profissionais ou órgãos governamentais internacionais, são direcionadas à higienização das mãos, reconhecendo as evidências sobre o valor dessa ação básica de controle (BRASIL, 2003).
Agora que você já sabe da importância da lavagem das mãos , nunca esqueça de lavar as suas , sempre!
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