PROTAGONISMO JUVENIL



Seminário Latino-Americano Sobre Juventude, Saúde Pública e Participação Social

Realizado entre os dias 21 a 23 de novembro de 2012, o Seminário possui como objetivo o fortalecimento da participação dos jovens nas políticas de saúde, ao compartilhar experiências exitosas de participação. São esperados mais de 350 jovens da América Latina reunidos em Brasília para compartilhar experiências e dialogar sobre o controle sociais das políticas públicas de Saúde.


O diferencial do evento é que as propostas serão apresentadas na ótica dos jovens, apresentações de teatros e debates abordando a qualidade da saúde no país estarão dentro da programação. Ao final do evento será apresentada uma Carta de Intenções sobre a Participação Juvenil em Saúde Pública.




Como valor agregado da OPAS/OMS no Brasil esta a apresentação de experiências exitosas e boas práticas em saúde dos adolescentes e jovens realizada pelo Dr Rodolfo Gómez, gerente de Saúde Familiar e Curso da Vida, durante a mesa de abertura “Juventude, Saúde Pública e Participação Social: A Juventude e o Direito Universal à Saúde”; destacamos também a participação ativa do Dr Felix Rigoli, Gerente de Serviços de Saúde, Dra Neyde Garrido, Coordenadora da Unidade Técnica de Serviços de Saúde, na organização do evento e participação em parceria com o Ministério da Saúde; e a participação do Dr Oscar Suriel, Coordenador da Unidade Técnica de Saúde Familiar, na “Roda de conversa: determinantes Sociais da Saúde e Objetivos do Desenvolvimento Sustentável: Refletindo o Cotidiano”.



O evento está sendo promovido pelo Ministério da Saúde, com participação do Departamento de Apoio à Gestão Estratégica e Participativa (Dagep) e Departamento de Atenção Básica (DAB) da Secretaria de Atenção à Saúde. Também participam a Assessoria Internacional (AISA) e as secretarias nacionais de Juventude e de Articulação Social, vinculadas à Presidência da República. No âmbito internacional, há parceria com a Organização Pan-Americana da Saúde - OPAS/OMS no Brasil e a Comissão de Determinantes Sociais e Promoção da Saúde do Mercosul Saúde.

Fonte:http://new.paho.org




 
PROTAGONISMO JUVENIL
RAP DA SAÚDE - REDE DE ADOLESCENTES PROMOTORA DA SAÚDE
 
É um projeto da Secretaria Municipal de Saúde e Defesa Civil do Rio de Janeiro, realizado em parceria com o CEDAPS - CENTRO DE PROMOÇÃO DA SAÚDE, com o apoio da PLATAFORMA DOS CENTROS URBANOS DO UNICEF.
O RAP DA SAÚDE tem como principais objetivos estimular o PROTAGONISMO JUVENIL, a participação social e facilitar ações promotoras de saúde. Essa é um estratégia capaz de promover a equidade em saúde, valorizando a percepção, voz, ousadia, criatividade, emoção e dinamismo, facilitando a comunicação com seus pares.

No CMS Padre Miguel contamos com adolescentes e jovens apoiados por uma equipe multidisciplinar coordenados pela assistente social Lúcia, enfermeira Rita e dentista Júlio, como também por nossas cinco Equipes de Saúde da Família, sendo, Barão, Mocidade, Juventude, Maloca e General.

Nossos jovens de 10 a 19 anos de idade são capacitados para atuarem como promotores de saúde na comunidade daVila Vintém no bairro de Padre Miguel, propiciando a inovação das práticas de promoção da saúde e a articulação dessa com as políticas públicas.
Essas equipes desenvolvem ações de incentivo à participação juvenil, fortalecendo o PROTAGONISMO JUVENIL, identificando e valorizando lideranças estudantis e juvenis de nossa comunidade para participatrem na solução de problemas que impactam efetivamente a saúde pública e na promoção da educação entre eles para uma melhor qualidade de vida.
Avaliamos o crescimento e desenvolvimento dos adolescentes e jovens, a saúde bucal, a imunização, a saúde mental, a saúde sexual e saúde reprodutiva, a prevenção de violências e acidentes

Nosso objetivo é contribuir para a resolutividade e efetividade das ações de saúde, articulada em parceria com a  Escola Municipal Presidente Russevelt, o CIEP Mestre André, a Vila Olímpica Mestre André, onde são elaboradas e executadas oficinas de educação em saúde, o CEDAPS e a Plataforma de Centros Urbanos de Vila Vintém dentre outros.

Nossas atividades são realizadas geralmente e por escolha dos próprios jovens e adolescentes, as quartas e sextas-feiras das 9h às 12h e/ou 14h às 17h. 
  
"Investir na população adolescente e jovem é custo efetivo, porque garante também a energia, espírito criativo, inovador e construtivo dessas pessoas, que devem ser consideradas como um rico potencial, capaz de influenciar de forma positiva o desenvolvimento do país".
Ministério da Saúde
  
Queremos assim, que nossos adolescentes e jovens tenham no CMS Padre Miguel um espaço acolhedor, respeitando seu direito à saúde, à confidencialidade, à informação e o acesso aos insumos sem burocracia. 

 FIQUE LIGADO!


Emprego cada vez mais difícil para estudantes

Quem sonha terminar a faculdade e ingressar no mercado de trabalho pode começar a se preocupar. Um estudo do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) revelou que o desemprego entre jovens de 15 a 24 anos é 3,5 vezes maior que entre os adultos com mais de 24 anos.
Segundo o estudo, a falta de experiência influencia na decisão das empresas. Mas o próprio jovem não se sente capacitado para ingressar em um mercado de trabalho mais competitivo. Jorge Luiz de Paiva Filho tem 24 anos e faz faculdade de Cinema. Apesar de não figurar na lista de desempregados, Jorge trabalha de garçom em um restaurante, profissão sem a menor relação com a sétima arte.
– Falta experiência e oportunidade para os jovens. Não adianta ser bom, tem que ser o melhor – afirma Jorge. – Quero ser diretor, mas dentro da área de cinema, quase tudo serve.
Falta informação
Para Gustavo Machado, estudante de Jornalismo, não é só a falta de experiência e de oportunidade que aumentam no desemprego da juventude. A pouca informação é ainda outro problema que atinge o jovem brasileiro.
– Muitos jovens não têm informação – diz Gustavo, que não se preocupa com as estatísticas do Ipea, já que é estagiário na área de jornalismo. – Nunca pensei muito no desemprego. Quando se está no mercado, a tendência é continuar.
Entretanto, Gustavo pode se surpreender. Uma das razões para a juventude estar sem emprego é o custo das empresas com o corte de pessoal. De acordo com técnicos do Ipea, gasta-se menos para demitir um jovem do que um adulto
Luiz Paulo Vianna, estudante de propaganda e marketing, tem 20 anos e está terminando a faculdade, mas continua desempregado. Porém, diferente de Gustavo, Luiz acha que o jovem é bem informado.
– Hoje, com a internet temos vários meios de pesquisa, o jovem não é mal-informado. Acho que falta oportunidade e até experiência. O ensino público é ruim, com certeza isso influência no desemprego.
Ele pode ter razão. De acordo com o estudo só 12,7% dos jovens de 18 a 24 anos cursam o ensino superior, o que chama a atenção para mais de 85% da juventude estarem excluídos do ensino superior.
Brasil é líder no desemprego
Ipea mostra que quase metade dos jovens não tem trabalho.
Quase metade (46,6%) da população brasileira entre 15 e 24 anos, hoje estimada em cerca de 40 milhões de indivíduos, está sem emprego. Deste contingente, 9,7 milhões vivem em famílias com renda per capita de até meio salário mínimo (R$ 207,50), 12,5 milhões não tinham concluído o ensino fundamental e 1,4 milhão é constituído por analfabetos. Estes são alguns dos resultados da pesquisa juventude e políticas sociais, elaborada pelos economistas do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) Jorge Abrahão de Castro e Luseni Aquino.
Diretor de Estudos Sociais do Ipea, Jorge Abrahão adverte que os resultados evidenciados pelo estudo representam quadro alarmante quanto à concretização do respeito aos direitos humanos de parcela expressiva da juventude brasileira.
O mais grave é que o desemprego entre jovens da faixa etária pesquisada é 3,5 vezes maior do que entre adultos com mais de 24 anos, e esta proporção vem aumentando continuamente. Em 1990, era de 2,8 e, em 1995, 2,9 maior.
Destaque negativo
Pelos dados da Pesquisa Nacional por Amostragem de Domicílio (PNAD) de 2005, a proporção de jovens brasileiros desempregados – 46,6% – é a maior no grupo de 10 países pesquisados para efeito de comparação: México (40,4%), Argentina (39,6%), Inglaterra (38,6%), Suécia (33,3%), Estados Unidos (33,2%), Itália (25,9%), Espanha (25,6%), França 22,1% e Alemanha (16,3%). Para os dois economistas do Ipea, o desemprego entre os jovens é maior porque eles são demitidos com ônus menor e considerados menos importantes na produção devido à sua menor experiência.
Opinando sobre o estudo, Luiz Bello, do Instituto Brasileiro de Geografia Estatística, agrega outro dado à questão: por terem, em regra, menores compromissos familiares, os jovens recém-formados, por exemplo, podem se permitir não ingressar no primeiro emprego que apareça, dando estrita preferência a sua especialidade. Já nas faixas de maior idade não é incomum o indivíduo aproveitar qualquer oportunidade de trabalho, em vista de compromissos familiares acumulados.
No que se refere à educação de nível superior, e tomando como universo de comparação os países da América Latina e do Caribe, o Brasil está em último lugar. O número de brasileiros com idade entre 20 e 24 anos que freqüenta a universidade é de apenas 213 por grupo de 10 mil habitantes. Menos que a Colômbia (232), México (225), Argentina (531), Bolívia (347) e Venezuela (389).
Condições sociais perpetuam as desigualdades no Brasil.
A alta taxa de desemprego juvenil, segundo Jorge Abrahão e Luseni Aquino, mesmo na faixa abaixo de 17 anos, indica que grande parte das famílias não têm meios de manter os jovens fora do mercado de trabalho até que completem o ensino médio.
"A magnitude crescente do fenômeno faz suspeitar que haja dificuldades cada vez mais pronunciadas para jovens realizarem a transição da escola para o mundo do trabalho", destaca o estudo dos economistas do Ipea.
Fenômeno global
O trabalho ressalva ainda que o fato de os jovens representarem parcela cada vez maior no contingente de desempregados não é típico apenas do Brasil ou da América Latina. O cotejo de dados deixou claro que a taxa de desemprego juvenil registrada no Brasil – a partir de estimativas formuladas com base na PNAD e na Pesquisa Mensal de Emprego do IBGE – hoje é de 19%, menor do que as da Itália (24%), França (23%), Suécia (22%), Aergentina (24%), e Espanha (20%). Com taxas menores do que as brasileiras aparecem México (7%), Estados Unidos (11%), Inglaterra (12%) e Alemanha (15%)
Os dois coordenadores do trabalho citam indicadores de acesso dos jovens aos direitos sociais, culturais e econômicos, contidos no Informe sobre a juventude Mundial de 2005 da Organização das Nações Unidas, mostrando um quadro desolador da não-concretização de direitos humanos para grande parte da juventude do mundo.
De acordo com o documento, de um total de 1,2 bilhão de jovens nos dois hemisférios, 200 milhões sobreviviam com menos de US$ 1 por dia, 88 milhões não tinham empregos e 10 milhões portavam o vírus da Aids.
Herança
Outro ponto em destaque no trabalho apresentado pelo Ipea é que os jovens, em geral encontram disponíveis apenas ocupações precárias, normalmente de curta duração. "Isto não seria um problema em si, caso as famílias desses jovens pudessem custear a busca por empregos melhores ou a extensão de seus conhecimentos ou, ainda, se os jovens pudessem acumular experiência em empregos de curta duração."

"No entanto", mostra ainda o estudo, "o que acontece para a maioria dos jovens oriundos de famílias assalariadas e de baixa renda é que eles ficam circulando entre ocupações de curta duração e de baixa remuneração, muitas vezes no mercado informal de trabalho. Além de não favorecer a conclusão da educação básica, esta experiência é avaliada negativamente pelos empregadores. Este processo reproduz, na existência desses jovens, desigualdades sociais herdadas da geração anterior".

JC Online
Desemprego brasileiro é maior entre os jovens:
Segundo a pesquisa juventude e Políticas Sociais no Brasil, apresentada ontem pelo Ipea, quase metade (46,6%) dos desempregados do País estão localizados na faixa etária entre 15 e 24 anos
De acordo com os técnicos do Ipea, o desemprego é maior entre os jovens porque, nas ondas de demissão, eles acabam demitidos a um custo mais baixo para as empresas. Os jovens também são considerados "menos essenciais" ao funcionamento das firmas já que têm menos experiência.
O estudo comparou a porcentagem de jovens entre o total de desempregados de outros países com os índices brasileiros. Enquanto no Brasil a taxa é de 46,6%, na Argentina é de 39,6%, no Reino Unido é de 38,6%, nos Estados Unidos, 33,2%, na Alemanha 16,3%. O país que mais se aproxima dos Brasil, entre os pesquisados, é o México, com 40,4% de jovens nessa idade entre o total de desempregados.
Na Espanha, país com o qual recentemente o Brasil teve uma crise diplomática em razão de suposta imigração ilegal, o índice é de 25,6%. A pesquisa juventude e Políticas Sociais no Brasil foi organizada pelos especialistas Jorge Abrahão de Castro e Luseni Aquino.

Valor Econômico
Desemprego atinge 46% dos jovens.
O desemprego entre os jovens brasileiros de 15 a 24 anos é 3,5 vezes maior que entre os adultos com mais de 24 anos. Esse índice vem aumentando nos últimos anos. Em 1995, representava 2,9 vezes o desemprego adulto, e em 1990, 2,8 vezes. O levantamento é da pesquisa "juventude e Políticas Sociais no Brasil", organizada por Jorge Abrahão de Castro e Luseni Aquino, técnicos do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). Em 2005, a participação dessa faixa de jovens no total de desempregados no Brasil (46,6%) foi a mais alta entre dez países pesquisados: México (40,4%), Argentina (39,6%), Reino Unido (38,6%), Suécia (33,3%), Estados Unidos (33,2%), Itália (25,9%), Espanha (25,6%), França (22,1%) e Alemanha (16,3%).

Os técnicos do Ipea constataram que o desemprego é maior entre os jovens porque são demitidos por um custo mais baixo para as empresas.
O Globo
Juventude desempregada.
Um em cada dois brasileiros que estão desempregados hoje tem entre 15 e 24 anos. A conclusão é de um estudo do Ipea. Essa proporção é a mais alta entre os dez países analisados numa pesquisa que inclui Argentina e México. Jovens mulheres (especialmente com filhos) e moradores de periferia estão entre os mais prejudicados.
Juventude sem trabalho.
Ipea mostra que metade dos desempregados no país é jovem, pior nível entre 10 países.  
Praticamente metade dos desempregados brasileiros é jovem. Do total de pessoas desocupadas do país, 46,6% têm entre 15 e 24 anos, revela o estudo "juventude e Políticas Sociais no Brasil", divulgado ontem pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), órgão subordinado ao ministro do Núcleo de Assuntos Estratégicos da Presidência da República, Roberto Mangabeira Unger. A proporção de jovens entre os desempregados é a mais alta entre os dez países analisados na pesquisa, que inclui nações em estágios de desenvolvimento econômico semelhantes ao do Brasil, como Argentina (39,6%) e México (40,4%).

Desde 1985, a taxa de desemprego juvenil nacional não parou de crescer, passando de 6% para 19% em 2005 - quase o triplo do nível de desocupação dos jovens mexicanos (7%). Atualmente, no Brasil, o desemprego entre aqueles que estão iniciando sua vida profissional é 3,5 vezes maior que entre os adultos com mais de 25 anos. O índice vem aumentando desde 1990, quando era de 2,8.

Segundo o Ipea, um dos fatores que explicam o desemprego alto entre os jovens é o custo menor de demissão desse segmento. Além disso, eles são considerados menos essenciais pela falta de experiência profissional. O estudo destaca que os jovens que enfrentam mais dificuldade para arranjar trabalho são os de baixa escolaridade, as jovens mulheres (especialmente com filhos) e os moradores de periferia. O técnico de Planejamento e Pesquisa do Ipea Roberto Gonzalez diz que muitos jovens precisam abandonar os estudos para buscar emprego devido à pobreza familiar, sendo levados a atividades precárias.
- Quem está completando o ensino médio nem deveria estar buscando emprego, mas o faz por questão de sobrevivência. O jovem de baixa renda acaba circulando de um emprego informal para outro e nunca consegue abandonar esse ciclo por causa da falta de estudo - afirma.

"Mais velhos estão sendo contratados"
 Em 1985, os jovens representavam quase 60% dos desempregados brasileiros. A proporção veio caindo ao longo dos anos 90, até chegar a 43,8% em 2000, e voltou a subir para 46,6% em 2005. De acordo com Gonzalez, a queda do número de jovens desocupados na década passada não significou uma melhora da sua inserção no mercado de trabalho:

- O que aconteceu foi o aumento do desemprego entre adultos, e não a diminuição do desemprego entre jovens. A situação ruim da economia na década de 90 levou à demissão dos adultos. Agora a economia está crescendo e gerando postos de trabalho, mas são os mais velhos que estão sendo contratados O desemprego está diminuindo, mas menos entre jovens.
Gonzalez afirma que, para reduzir a desocupação juvenil, é preciso promover simultaneamente a escolarização, a profissionalização e a ampliação do acesso ao mercado de trabalho, com incentivos à contratação de jovens. No estudo, os especialistas do Ipea dizem ainda que é "importante não restringir a atenção (das políticas públicas) apenas ao momento de entrada, e pensar em oportunidades de educação e requalificação continuada". A pesquisa chama a atenção para a necessidade de se criar incentivo financeiro - via bolsas - evitando que os jovens abandonem cedo a escola e cursos profissionalizantes para empregos de curta duração.

- Cursos que desenvolvem habilidades específicas não solucionam o problema. A escolarização é muito importante. A maioria dos jovens brasileiros não concluiu o ensino médio - frisa Gonzalez.

Gazeta Mercantil
 Cresce desemprego entre jovens, diz IPEA. 
Brasília, 21 de Maio de 2008 - O Brasil tem a maior taxa de jovens desempregados do mundo, entre dez países consultados pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA). E a idade de quase metade dos desempregados varia de 15 a 24 anos. Nessa faixa etária, o desemprego é 3,5 vezes maior do que observado entre os adultos com mais de 24 anos no País. O índice cresce a cada ano, pois em 1995 a diferença era de 2,9 vezes e em 1990, 2,8 vezes, conforme mostra a pesquisa "juventude e políticas sociais no Brasil", realizada em 2005, 51,1 milhões de pessoas entre 15 e 29 anos.
Demonstrando preocupação, o Ipea defende uma política específica para atender a juventude brasileira, a fim de reduzir o desemprego e as desigualdades, já que é esse público que definirá o futuro econômico do País.

A taxa de jovens desempregados no Brasil é superior a de vizinhos latino-americanos, como México, de 40,4%, e Argentina, de 39,6%. A distância é maior quando se compara a países desenvolvidos, como Reino Unido, cuja taxa é de 38,6%, Suécia, como 33,3% e Estados Unidos, onde a proporção é de 33,2%). Na Itália o desemprego entre os jovens atinge 25,9%), enquanto na Espanha chega a 25,6%. Na França, o percentual é 22,1% e na Alemanha, 16,3%.

Os técnicos do Ipea constataram que o desemprego é maior entre os jovens porque são demitidos por um custo mais baixo para as empresas e também porque elas os consideram menos "essenciais" devido à menor experiência.

A preocupação com o jovem não resume apenas ao trabalho. O técnico de planejamento e pesquisa do Instituto, Roberto Gonzalez, destaca a necessidade de criar uma política específica ampla que inclua também a saúde, por exemplo.

"Precisa se criar uma política que seja capaz de incluir os jovens no mercado de trabalho sem haver o abandono à educação", disse. "E é preciso se preocupar também com à gravidez e a Aids, por exemplo", acrescenta Gonzalez.

A pesquisa mostra que os jovens de hoje usam mais camisinha em relação aos dos anos 1980. Porém, eles ainda se arriscam a não usar o produto. Em 1986, apenas 9% declaram usar camisinha na primeira relação, taxa que subiu para 49% em 1998. Em 2004, a proporção subiu para 53%. Os rapazes se cuidam mais do que as moças, sendo que 64% deles disseram sempre usar camisinha com parceiros eventuais. Por outro lado, apenas 45% declararam o uso do produto.

Uma outra questão é a violência, responsável pelos altos índices de mortalidade entre os adolescentes e jovens brasileiros de 15 a 29 anos, período etário considerado de alto risco quando certamente poderia ser um dos mais saudáveis do ciclo vital.

Nessa faixa etária, a pesquisa mostra que o número de homens que morrem supera o das mulheres. A alta taxa de mortalidade entre os jovens do sexo masculino, que entre 2003 e 2005 chegou a ser quase cinco vezes maior que entre as mulheres da mesma idade, se deve principalmente a uma grande exposição à violência. Entre 2003 e 2005, morreram cerca de 60 mil jovens do sexo masculino, a maior parte das mortes – 78% – foi causada por fatores externos, majoritariamente associadas a homicídios e acidentes de trânsito. Entre as mulheres, os óbitos causados por esses fatores representam 35% do total.
Folha de S.Paulo
2,4% de vagas em universidades são de cotas. 
Entre 2001 e 2008, foram oferecidas 7.850 vagas por ano destinadas para negros em universidades públicas, diz Ipea.
Cálculo não significa que todas as vagas haviam sido preenchidas; por ano, total de vagas nas instituições públicas foi de 331 mil.
Desde que a primeira universidade pública, em 2001, adotou em seu vestibular o sistema de cotas para beneficiar estudantes negros, 51.875 vagas foram reservadas para essa população, segundo estimativa feita pelo Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) na pesquisa "juventude e Políticas Sociais no Brasil".

Neste cálculo, não estão incluídos outros estudantes beneficiados por cotas -muitas instituições também reservam vagas para alunos da rede pública e outros grupos- e não significa que todas as vagas oferecidas foram preenchidas.

Em média, foram oferecidas 7.850 vagas por ano no período de 2001 a 2008. Essas vagas representam apenas 2,4% da média de 331 mil vagas ofertadas por ano pelas instituições públicas superiores. Foram identificados no trabalho 48 instituições que adotam alguma modalidade de ação afirmativa. A estratégia mais comum é a de cotas -há 43 universidades com reserva de vagas para algum grupo.

Além de cotas, há também instituições que adotam o sistema de bonificação no vestibular, em que não é definido um percentual de vagas reservadas. Nele, estudantes recebem pontuação adicional nos exames por serem negros, alunos de escolas públicas ou outro grupo privilegiado pelo sistema.

O trabalho do Ipea faz também um rápido balanço de quatro estratégias diferentes adotadas no Brasil: a da UnB, da Universidade Federal do Paraná, da Federal da Bahia e da Unicamp. No caso da UnB, por exemplo, é destacado o fato de o percentual de negros ter aumentado de 2% para 13% de 2004 a 2006 e de seu desempenho acadêmico ser muito próximo ao dos demais alunos.

Correio Braziliense
Falta de estudo é obstáculo.
De acordo com levantamento do Ipea, menos da metade dos jovens entre 15 e 17 anos está no ensino médio, onde deveria. Baixa escolaridade prejudica conquista de espaço no mercado de trabalho.

A dificuldade dos jovens brasileiros de conseguir emprego é reflexo da baixa escolaridade. Aos 17 anos, Mariano do Nascimento Santos está na escola, mas bem longe do ensino médio, nível que deveria freqüentar, pela idade. O rapaz cursa a 5ª série do ensino fundamental numa escola pública do Lago Norte. Este ano, entrou para a classe de aceleração e faz as aulas à noite. Mariano confessa que nem se lembra mais de quantas vezes repetiu o ano. "Eu bagunçava muito. Não gosto de escola mesmo. Os professores não sabem ensinar e a estrutura é péssima", reclama. Mariano vive com a família numa casa simples do Varjão. Trabalha sem carteira assinada, colocando faixas pela cidade. Pelo serviço, que consome cinco horas e meia do seu dia, ganha um salário mínimo. Ele não pensa em ingressar na universidade. "Quero, no máximo, terminar o ensino médio", diz.

Assim como Mariano, 82% dos jovens entre 15 a 17 anos freqüentam a escola, mas menos da metade cursa o ensino médio. O dado é da pesquisa juventude e políticas sociais no Brasil. Divulgado ontem pelo Instituto de Pesquisa Econômica e Aplicada (Ipea), o estudo mostra também que 34% dessa faixa etária não concluiu o ensino fundamental e, pior, 18% estão fora da escola. "Gera um problema lá na frente quando eles forem adultos", observa a pesquisadora Luseni Aquino, que coordenou o estudo.

Algumas indicações de como solucionar o problema podem sair do estudo, informa ela. "A pesquisa mostra onde estão sendo feitas coisas interessantes", diz. Luseni ressalta o programa Segundo Tempo, do Ministério do Esporte. "Tem como estratégia prevenir que o jovem fique sem atividade e exposto à violência e acaba influenciando no interesse pelos estudos. Proporcionar atendimento dentro do espaço educacional aproxima eles (os jovens) da escola."

O analfabetismo é um fantasma que insiste em rondar a educação. De acordo com o levantamento do Ipea, 4,7% dos jovens do país entre 25 e 29 anos são analfabetos, no Nordeste, a proporção sobe para 11,6%. Nas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste, no entanto, a falta de letramento entre os jovens de 15 a 24 anos tornou-se um problema residual, com taxas em torno de 1%. "Os dados vão servir para o governo refletir sobre como trata e deixa de tratar a juventude e para que a sociedade tenha um retrato do que dispõe e do que precisa reivindicar para melhoria da educação", avalia Luseni.

A trajetória irregular na educação e a evasão escolar se acentuam com a necessidade de trabalho e a falta de informação sobre métodos contraceptivos. Entre os homens, a principal motivação para a interrupção dos estudos é a oportunidade de emprego (42,2%). Entre as mulheres, a maior causa é a gravidez (21,1%). O levantamento do Ipea tem como base estudos como a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios, elaborada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (Pnad/IBGE), e o Censo Escolar, do Ministério da Educação.
Maioria usa preservativo.
A camisinha deixou de ser um mistério para os jovens na faixa dos 15 a 24 anos, mas pouco mais da metade (53%) faz uso do preservativo. De acordo com a pesquisa juventude e políticas sociais no Brasil, entre os que pertencem a essa faixa etária e lembram de se cuidar na hora da relação sexual, 64% são homens e 45% mulheres. Os jovens dizem que recorrem à peça, inclusive, em relações eventuais. "O índice é baixo porque a linguagem que se usa nas campanhas insiste no como se pega ou não DST e Aid. É preciso tocar em questões sociais como machismo e homofobia", observa Sérgio Nascimento, do Grupo Atitude.

A ONG visita escolas de Ceilândia para falar com estudantes do ensino fundamental e médio sobre violência e sexualidade. "De forma descontraída, a gente se aproxima dos estudantes, ganha a confiança deles e ensina como evitar o preconceito na hora da transa", afirma. Segundo Sérgio, os professores não têm segurança na abordagem do tema. O diretor adjunto do programa de DST e Aids do Ministério da Saúde, Eduardo Barbosa, admite a dificuldade de conquistar o público jovem, mas ressalta que o ministério já vem investindo em "grupos focais" para chamar a atenção do segmento. "Em junho serão lançadas ações em forma de quadrinhos e na internet, em parceria com provedores (de conteúdo) para que a comunicação se aproxime do jovem", destaca.

Jovens feministas sim, com muito orgulho*!
20 de março de 2008
Por Maria Camila Florêncio da Silva
De 13 a 15 de março em Maracanaú (CE), rolou o I Encontro Nacional das Jovens Feministas. Participaram dele 100 mulheres jovens de todo Brasil, negras, lésbicas, indígenas, quilombolas, rurais e da periferia. Vários grupos foram representados em meio à diversidade presente, que partiram de algo que todas têm em comum - ser mulher jovem e feminista - para suas demandas e necessidades específicas. Rolaram altas discussões, e é evidente que a Viração tinha que estar presente neste encontro!

Na ocasião, as garotas resgataram a importância desse evento e seu propósito, que é consolidar a criação da Articulação Brasileira de Jovens Feministas. A realização desse evento e mais a Conferência Livre, que ocorreu no domingo, dia 16 de março, em Fortaleza (CE), são frutos dessa articulação entre jovens mulheres que vinham se mobilizando desde 2004, no 10° Encontro Latino Americano e do Caribe, quando já pautavam as demandas das mulheres jovens.

Desde então, nos anos sucessivos ao encontro, houve uma mobilização nacional com atividades, oficinas, discussões virtuais, etc. A principal atividade realizada até então foi o Fórum de Jovens Feministas no Fórum Social Brasileiro em 2006, que enfatizou a necessidade de participar de espaços importantes de discussão de políticas públicas para mulheres e juventude.

“Mas foi na II Conferência de Políticas para Mulheres, em agosto de 2007, que a consolidação dessa articulação ficou mais que evidente e necessária, quando as jovens levaram um pré-documento de demandas e abriram um diálogo com a Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres sobre a importância de uma representação jovem feminista no Conselho Nacional das Mulheres. E a resposta que obtivemos foi que essa Articulação tinha que sair de vez para que isso tornasse possível. Saímos então com a demanda deste encontro”, disse Latoya, de São Paulo (SP), do movimento das negras jovens feministas.

“Nós, mulheres jovens, temos o desafio duplo, que é estarmos presentes nos espaços de juventude pautando a questões das mulheres e nos espaços de mulheres pautando a juventude”, diz Monaliza, do Coletivo de Jovens Feministas - CE e do Fórum
Cláudia Vasconcelos

Cearense de Mulheres. “Por isso também a importância da consolidação da Articulação, que está fortalecendo os coletivos de jovens feministas existentes. Muitas vezes esses coletivos encontram dificuldades por não terem uma grande infra-estrutura, ou mesmo uma sede própria, sem contar os diversos desafios que eles enfrentam para se manterem e realizarem ações. Diante dessa realidade não queremos deslegitimá-los e sim fortalecê-los”, acrescenta Cláudia Vasconcelos do Coletivo de Jovens Feministas - PE.

Feminismo x lesbianidade

Dentre as principais discussões levantadas o destaque é a situação das mulheres negras e mulheres lésbicas, nas quais os grupos falaram da dificuldade que as pessoas têm em assumir estas identidades.

Luanna Marley do Grupo Lamce de Fortaleza - CE, perguntou: “Por que há tanta resistência com a palavra lésbica? Por que nessa relação com o feminismo muitas vezes é negada uma das identidades que também faz parte do movimento, que é a lesbianidade?”

Sobre isso Andréa do Coturno, de Vênus de Brasília (DF), complementa: “Acho que o receio do movimento feminista em reconhecer a lesbianidade como uma das identidades que o compõe, é o medo de reforçar o estereótipo de que toda feminista é lésbica.”

Com discussões diversas e específicas, saíram reflexões tidas como prioritárias pela articulação. Entre elas, uma ganhou destaque e foi consenso como a mais importante no momento - a descriminalização e legalização do aborto. Também foi defendido como desafio a popularização do feminismo, uma vez que muitas mulheres atuantes nos movimentos, ou não, têm de se reconhecer como feministas. Essa dificuldade vem dos estereótipos, que fazem com que as pessoas vejam o feminismo como um bicho-de-sete-cabeças, “machismo ao contrário” ou mesmo a visão de que é um movimento atuante no passado.
 “Eu militei na Pastoral da Juventude em Manaus por 11 anos, onde comecei a conhecer outros movimentos, entre eles. Roseane Forito
Feminista e comecei a me identificar. A princípio eu queria “acabar” com os homens, mas porque ainda não tinha muita informação, depois conhecio que de fato é o feminismo… Daí me apaixonei”, contou Roseane Ribeiro do Forito, da Liga Brasileira de Lésbicas, São Paulo (SP).

O encontro também recebeu a visita ilustre da Maria da Penha, ex-farmacêutica vítima de violência doméstica, que nomeia a lei 11.340. “Fico muito feliz em ver também as mulheres jovens se reunindo e sugerindo políticas públicas específicas”, comentou.

O primeiro Encontro Nacional das Jovens Feminista teve o apoio da Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres, Secretaria Nacional de Juventude e Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial, ambas do governo federal. Além da Prefeitura de Fortaleza e Fundação Friedrich Ebert Stiftung.
1. Realizar palestras, fóruns, seminários e debates com as famílias – gravidez, violência familiar, drogas, alcoolismo, arranjos familiar, além de sensibilizar ao jovem para prática do diálogo familiar.

2. Compreender os novos modelos de família e asseguras o respeito às diversas uniões.
Planejamento familiar

3. Campanhas das secretarias de saúde e assistência social para conscientização da importância do planejamento familiar.
4. Oferecer suportes sociais à família, constituindo uma rede de orientação e respaldo legal em situações adversas no núcleo familiar.
5. Propor disciplina de educação social envolvendo a família nas escolas.
Oportunidade profissional

6. Projetos de geração de emprego e renda aos jovens.
7. Criar parcerias com o Poder Judiciário para que as famílias sejam chamadas a assumir suas responsabilidades.
8. Conhecimento Cultural Regional.
9. Programas de tratamento continuado aos jovens dependentes e apoio aos seus familiares

Apresentação de ballet no CMS Padre Miguel

Apresentação de Capoeira no CMS Padre Miguel











































O QUE É PROTAGONISMO JUVENIL?

Maria Eleonora D. Lemos Rabêllo

P rotagonismo é a atuação de adolescentes e jovens, através de uma participação

construtiva. Envolvendo –se com as questões – da própria adolescência/juventude, assim como,

com as questões sociais do mundo, da comunidade... Pensando global (O planeta) e atuando

localmente ( em casa, na escola, na comunidade...) o adolescente pode contribuir para a

assegurar os seus direitos, para a resolução de problemas da sua comunidade, da sua escola...

Protagonista é...

Aquele ou aquela que protag oniza.

A palav ra protagonista vem do g rego Pr otagonistés .O principal lutador. A personagem

principal de uma peça dramática, pessoa que desempenha ou ocupa o primeiro lugar em

um acontecimento. –Novo Dicionário Aurélio.

Por que protagonizar?

A maioria de adolescentes e jovens tem muitas questões, desejos, sonhos... e buscam

respostas. Algumas questões vêm da própria fase que estão vivendo, mudanças corporais,

primeiras experiências sexuais com um parceiro ou parceira, estimulados pelas primeiras

paixões, primeiro amor, primeiras descobertas... Estas questões nem sempre encontram

respostas, pois a escola, a família, a sociedade não estão preparadas para isso.

Outras questões são impostas pela desigualdade social provocando a exclusão de

uma g rande parcela desta população. A estes e estas falta escola pública de qualidade, o

atendimento à saúde, a segurança, o lazer.

Os jovens também podem encontra respostas, mas para isso precisam da

referência dos adultos, de escuta e parceria...

Como diz o Professor Antonio Carlos Gomes da Costa: “Reconhecer o adolescente e o jovem,

não como problema, mas como parte da solução é meio caminho andado...”. Por isso é necessário e

urgente abrir espaços e facilitar processos que permitam a participação efetiva de crianças, adolescentes

e jovens na construção do modelo e da dinâmica social da sua comunidade, do seu país, do planeta

No Estatuto da Criança e do Adolescente – ECA - Título II – Do Direito Fundamental, Capítulo

II – Do direito à liberdade, ao respeito e à dignidade. O Art. 15 diz que a criança e o adolescente têm

direito à liberdade, ao respeito e à dignidade como pessoas humanas em processo de desenvolvimento

e como sujeitos de direitos civis, humanos e sociais garantidos na Constituição e nas leis.



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